Aquarela do Pantanal: capivara nada tranquila entre encontro de rios
Registro foi feito no encontro das águas dos rios Vermelho e Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul
O Pantanal é espaço para registros deslumbrantes. Entre águas, florestas e a imensidão, a região pantaneira oferece cenas de tirar o fôlego. O fotógrafo e biólogo Luiz Felipe Mendes fez um destes registros ao captar imagens de uma capivara nadando entre o encontro dos rios Vermelho e Miranda. Veja o vídeo mais abaixo.

O vídeo foi feito pelo fotógrafo neste domingo (9), no encontro entre os rios, na região do o do Lontra, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Ao Primeira Página, Luiz comenta como o flagrante foi registrado.
“Subi o drone para registrar os pescadores que estavam na região. Um pouco depois, que o drone já estava no ar, a capivara saiu do barranco e começou a atravessar o rio. Filmei toda essa agem, bem bacana que ela foi bem na divisa dos rios como a densidade da água é diferente e as cores são diferentes, dá para notar bem onde uma água termina e a outra começa”.
Luiz Felipe Mendes.
A cena, a partir da visão privilegiada proporcionada pelo drone, mostra uma pintura. “A capivara transitou bem na divisa, até chegar do outro lado, atravessando para o rio Vermelho, saiu do rio Miranda e voltou para o rio Vermelho. Foi muito bacana! O encontro das águas, de forma geral, já encanta!”.
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Capivaras e muito mais do Pantanal
Luiz registra a natureza, especificamente a região do Pantanal, há anos. A conexão com fauna e flora é essencial para o bom desempenho. O olhar afiado também proporciona mensagens belas e de alerta, a partir das lentes, como o próprio fotógrafo pontua.
“Registrar a natureza é incrível, eu sempre comento que a natureza fornece energia para a gente. Quando temos essa capacidade de absorção, quando vai gravar, sincronizar-se com a natureza, a gente consegue ter um contato muito maior e entender de uma forma mais rápida todas essas coisas que a natureza fornece momentos como esse da capivara”.
Luiz Felipe Mendes.
Para registrar a cena da capivara, Luiz Felipe demorou algumas horas. Ao todo, na última expedição, o fotógrafo ficou 4 dias no Pantanal. O despertar era às 4h e o dia era marcado pelas intempéries pantaneiras, como o sol escaldante, temporais repentinos e muitos animais à espreita.
“Estava no rio, pegamos temporal, pegamos sol quente, mas sempre pronto, com equipamento preparado. As pessoas falam que combinam com os bichoso para aparecerem. Mas, a hora certa, o lugar certo ocorrem quando há sincronia entre a pessoa e o respeito que tem pela natureza”.
Luiz Felipe Mendes.
No fim de cada expedição ou ida à campo para entregar algum serviço, Luiz sempre destaca a importância do cuidado com o bioma. “A pessoa pantaneira também é essencial para a manutenção do bioma. Esse conjunto é muito legal. Sempre é uma satisfação mostrar o Pantanal. Mostrar a cultura pantaneira, levar o lugar que eu vivo, o lugar que eu ganho meu sustento, para os olhos de outras pessoas”.