Arara-azul: imagens raras desvendam os segredos do nascimento no ninho 194b1b
Registros foram feitos por meio de câmeras instaladas por pesquisadores do Instituto Arara-Azul 45594u
Uma das aves mais belas e ameaçadas da fauna brasileira, a arara-azul fascina desde o nascimento. É o que revela série de imagens divulgadas pelo Instituto Arara-Azul, referência nacional na proteção da ave no país.

Ciclo da vida da arara-azul 4d53k
As imagens foram feitas pelos pesquisadores Ana Cecília Lourenço, Lara Renzeti e Kuok Tong, por meio de câmeras instaladas dentro de um ninho da arara-azul. Elas mostram o início do ciclo de vida da espécie, desde a postura dos ovos.
Conforme o Instituto, como os ovos são postos em intervalos que variam de 1 a 16 dias, a eclosão não ocorre ao mesmo tempo. Ou seja, um filhote pode nascer antes de outro, resultando em diferenças no desenvolvimento dentro do ninho.
Leia mais 436e28

Durante a incubação, que pode durar de 28 a 30 dias, a fêmea permanece no ninho em tempo integral, enquanto o macho cuida da proteção do território e da alimentação da parceira. Ao final desse período, os filhotes começam a tentar romper a casca em um processo que pode levar horas ou até dias.
Para isso, utilizam um pequeno dente na ponta do bico, conhecido como “dente de ovo”, que os ajuda a quebrar a casca de dentro para fora. Os pais também auxiliam nesse processo.
Vencida essa primeira fase, o filhote nasce extremamente frágil, sem penas e completamente dependente dos pais. O casal de araras chega a dedicar cerca de 100 dias ao desenvolvimento dos filhotes, até que eles estejam prontos para dar os primeiros voos.

Linda e ameaçada 6i576s
Na vida adulta, uma arara-azul pode medir até 1 m (da ponta do bico à ponta da cauda), sendo a maior espécie no mundo. Adultos podem pesar até 1,3 kg, porém os filhotes podem atingir até 1,7 kg no período de pico de peso.
Entre os fatores que levaram a espécie a ficar ameaçada de extinção estão a captura ilegal para o comércio nacional e internacional de aves de estimação, a destruição do habitat e a caça e coleta de penas para artesanato indígena. No Brasil, essa prática está proibida desde 2005, sendo permitida apenas para cerimônias e outros usos nas reservas indígenas.
“Cada eclosão representa uma nova esperança para a conservação dessa espécie incrível!”
Instituto Arara-Azul
