O Projeto Ariranhas deu início nesta semana às atividades de campo de 2025 no Pantanal mato-grossense. A equipe está baseada na região de Porto Jofre, em Poconé, a 104 km de Cuiabá, um dos principais refúgios da fauna pantaneira, e começa mais uma expedição científica navegando pelos rios em busca das chamadas “sentinelas das águas”: as ariranhas.
“O treinamento vai durar uma semana, vamos revisar nossas coletas de dados para iniciar o monitoramento populacional de 2025”, contou uma das integrantes do projeto.
A iniciativa combina treinamento de campo com ações práticas de pesquisa e conservação. Segundo a organização, cada avistamento e amostra coletada representa um o importante na construção de estratégias para proteger a espécie — uma das mais ameaçadas do bioma.
“Seguimos navegando pelas curvas dos rios em busca das sentinelas das águas”, registrou a equipe em publicação nas redes sociais.
Ariranha durante cochilo no Pantanal mato-grossense. Foto: Marcelo Tchebes
As ariranhas (Pteronura brasiliensis) são espécies-chave para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos, além de indicadoras da qualidade ambiental dos rios.
O projeto busca ampliar o conhecimento científico sobre hábitos, território e ameaças que rondam esses animais, que enfrentam riscos crescentes devido à degradação dos habitats, poluição e conflitos com a pesca.
O Projeto Ariranhas é parceiro de instituições nacionais e internacionais de conservação, como o ICMBio, Sesc Pantanal, Aquário de São Paulo, Panthera e zoológicos dos Estados Unidos, como os de Houston e Miami.