Com cenário chocante de 14 feminicídios no ano, quais os desafios do MPMS? 426v4m

Números, divulgados pela Sejusp ganham um contorno ainda mais sombrio com casos recentes de extrema brutalidade na capital 2ar5u

Mato Grosso do Sul enfrenta um cenário alarmante de violência de gênero, com 14 feminicídios e 25 tentativas registrados somente este ano. Os números, divulgados pela Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), ganham um contorno ainda mais sombrio com casos recentes de extrema brutalidade na capital.

MP feminicidios
(Foto: Liniker Ribeiro)

Os desafios de quebrar o ciclo da violência 6j392j

Para a Promotora de Justiça Lívia Carla Bariani, que atua há quase 14 anos em casos de feminicídio no Ministério Público, o maior desafio é fazer com que a mulher entenda o ciclo de violência que vive. 

“Ainda falta a informação. A mulher não consegue identificar aquele relacionamento tóxico, a família não consegue identificar, a sociedade julga essa mulher a todo momento”, ressalta Bariani.

Ela explica que a violência não começa com a agressão física, mas sim com humilhações e controle psicológico.

“O feminicídio não acontece da pessoa acordar e falar: ‘Hoje eu vou matar a minha esposa’. Não é assim que acontece”, enfatiza. O afastamento da família e o controle da vida da mulher são sinais de alerta.

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Como a sociedade e a justiça podem agir o31r

Questionada sobre medidas para diminuir esses números alarmantes, a promotora destaca a necessidade de uma comunicação constante e da responsabilização dos agressores. 

“Para que a gente mude o pensamento de uma sociedade, para que a gente mude o pensamento de homens e mulheres a respeito da questão de gênero, ainda nós vamos ver muitos feminicídios, infelizmente, mas nós não podemos parar”, pondera.

Bariani encoraja as mulheres a buscar ajuda ao identificar sinais de relacionamento tóxico. 

“Procurem ajuda. A Casa da Mulher Brasileira está lá”, orienta. 

Ela reforça que a mulher não é obrigada a registrar um boletim de ocorrência, bastando pedir uma medida protetiva para afastar o agressor e iniciar outros processos legais, como separação e guarda de filhos.

“Não é uma situação fácil, não é uma situação que se resolva em 5 minutos, nem em uma semana, mas nós temos que continuar oferecendo ajuda e cuidando dessas mulheres”, finaliza a promotora.

Selo Basta
Basta, campanha contra violência doméstica e feminicídio do Primeira Página. (Foto: Ilustrativa)

Casos recentes 322e30

Na quinta-feira (29), uma mulher de 45 anos foi atingida por vários disparos no bairro Parati, em Campo Grande. O principal suspeito é seu ex-marido, que não aceita o fim do relacionamento. A vítima possuía medida protetiva de urgência contra ele.

Este caso se soma a outro episódio chocante ocorrido no início da semana: o duplo feminicídio de Vanessa Eugênio Medeiros, de 23 anos, e sua filha Sophie, de apenas 10 meses, no Jardim São Conrado. O namorado da mulher e pai da criança confessou o crime, alegando que não queria pagar pensão alimentícia para a filha.

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