Oscar à vista? Ainda Estou Aqui coloca o Brasil no radar internacional 1j1q1h

A obra aborda a força de uma mãe e a importância de manter viva a memória histórica sem recorrer à violência explícita no tema 5ox50

“Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, é um drama que mergulha profundamente nas marcas deixadas pela ditadura militar brasileira, ao retratar a dor e a força de uma família marcada pela violência do regime. O filme se baseia no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, dando vida à história de Eunice Paiva, interpretada com sensibilidade por Fernanda Torres, que luta para lidar com o desaparecimento do marido, Rubens Paiva (Selton Mello), um ex-deputado perseguido pelo governo.

Selton Mello e Fernanda Torres protagonizam Ainda Estou Aqui (Foto: Sony Pictures)
Selton Mello e Fernanda Torres protagonizam Ainda Estou Aqui (Foto: Sony Pictures)

Um dos grandes acertos do filme, na opinião deste jornalista, artista e amante do cinema que vos escreve, é a escolha de não incluir cenas explícitas de violência. A narrativa opta por um tom mais contido e sutil, o que só reforça o impacto emocional dos acontecimentos sem recorrer a imagens “pesadas”, permitindo que o público se concentre nas consequências profundas das ações do regime, em vez de se distrair com a brutalidade.

Fernanda Torres brilha em sua atuação, trazendo camadas que sustentam e elevam o tom do filme, tornando o enredo envolvente sem que a história se torne arrastada ou cansativa. Ela consegue transmitir, com enorme habilidade, a força de uma mulher que se vê sozinha, lutando para criar os filhos em um período onde o machismo era extremamente alto e a sociedade impunha barreiras implacáveis.

Walter Salles entrega uma direção cuidadosa, que preza pela autenticidade e evita o melodrama. O filme é uma obra que celebra a resiliência e a coragem de Eunice, sem exageros, focando no poder da memória e na importância de manter viva a busca por justiça.

Em minha opinião, este é um grande candidato a ser indicado ao Oscar este ano, e já que estamos jogando para o universo, por que não termos Fernanda Torres e equipe, vencedores, segurando a estatueta, dedicando o prêmio para Fernanda Montenegro e para todos os brasileiros?

Comentários (2) 1l1g6w

  • Edson dos Santos Evangelista

    Triste é retratar só um lado da História. E os bandidos viram santos e os que escaparam estão atualmente afundando o país, avalizados, aí sim por uma ditadura judicial. E vcs não falam nada. Democracia zero. Demagogia pura. País falido. Liberdade de expressão zero. Palmas para vcs.

  • Giuliano

    Édson, vai estudar meu filho.

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