Amigos, tenham paciência! Espaço kids é bom, mas não faz milagre 10581l

Rolê programado, roupa pensada, tudo pronto! Mas você chegou ao lugar combinado, escolhido justamente porque tem espaço kids, e ainda assim não conseguiu trocar uma palavra com seus amigos pais de criança pequena.

Caro amigo sem filhos, eu já fui você no ado e também simplesmente não entendia por que o raio da criança não ficava no parquinho e deixava os adultos em paz? Na teoria parecia tão perfeito! Só que, deixa eu te contar a real, agora que estou aqui do outro lado: criança quer a presença dos pais, não importa o cenário.

Pode ter Mickey, Patrulha Canina, Galinha Pintadinha, azul, amarela, vermelha e o escambau… É mais forte que eles. É mais atrativo do qualquer playground. É instintivo.

Seus amigos pais também estão rezando para que os filhos sosseguem o facho umas horinhas para descansarem a mente num bom papo na mesa do bar/lanchonete/restaurante, porém está além do alcance deles definir isso.

Infelizmente, ter filhos não é matemática em que dois mais dois são quatro. Pode ser que naquele dia a criança contribua mais ou pode ser que demande mais, é muito relativo e depende de inúmeros fatores, fato é que muito raramente ela vai sumir e só reaparecer quando o rolê acabar.

Lembre-se que crianças pequenas precisam de ajuda para ir ao banheiro, comer, se comunicar. As grandes solicitam menos, mas também não são totalmente independentes, então, sim, mesmo em um lugar com espaço para crianças, com monitores, com mil brinquedos, ela vai pedir os pais de quando em quando.

A conversa será interrompida, o chopp pode ficar quente, a comida fria, contudo, tenha paciência! Talvez, por ora, essa seja a única forma de aqueles pais estarem de alguma forma inseridos num contexto de socialização.

As conversas fragmentadas são suficientes para levá-los além de um mundo de dedicação aos pequenos porque, salvo casos que têm real rede de apoio, o que não é o meu caso, por exemplo, eles estão em praticamente 100% do tempo imersos neste mundo aí que você está presenciando.

Se te irrita, te cansa só de olhar, imagina para eles que têm essa realidade. “Ah, mas a rápido”. Verdade! Só que é rápido se a gente comparar com uma vida inteira. ar alguns anos privado do convívio social por intolerância da sociedade às crianças é tempo suficiente para endoidar qualquer ser humano.

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Se você leu até aqui e não têm filhos ou os seus já aram desta fase, por favor, estenda um pouco mais e veja as dicas de como incluir seus amigos, pais de crianças, no rolê:

• Escolha locais com parquinho ou qualquer outra atração, mesmo que essa não seja garantia de tranquilidade.

• Caso não dê para ser um local com espaço apropriado, que seja um que permita a entrada de crianças, um ambiente que dê para encaixá-las e não uma boate, por exemplo.
• Seja rede de apoio! Sim, é possível e isso não vai te fazer ser responsável eterno pela criança. Pegar um pouco, ficar no parquinho quando necessário, dar colo, distrair para que os pais tomem um folegozinho, são formas de ajudar (e muito!).
• Quando for recepção em casa: coloque um colchão para as crianças na sala (ou em qualquer lugar que dê para os pais ficarem de olho) para a hora que eles – FINALMENTE – dormirem.
• Abra um espaço para os brinquedos que os responsáveis vão levar e, se puder, dê uns potes, colheres, trambolhos que não usa para que eles brinquem, crianças amam fuçar.

No mais, pense que você tem várias oportunidades de festar, sair, aproveitar, conhecer lugares novos em outros dias e que aquele pode ser o único momento possível de os pais socializarem, então, os dê essa oportunidade, a gente agradece <3