Superação: conheça a história de advogado indígena de MT 4me5t

Ewésh Yawalapiti se formou em 2019 na UFMT 623z4c

O jovem Ewésh Yawalapiti Waurá, 35 anos, tem uma trajetória de vida de superação. Ele contou ao Primeira Página que teve muitas perdas, mas conseguiu superar os momentos difíceis, concluir o curso de direito e ser aprovado na prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mato Grosso.  

Superação: único advogado indígena em MT relata dificuldades e vitórias
Jovem está no 2º semestre do mestrado em direito na UNB. (Foto: Arquivo pessoal)

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Ewésh se formou em direito na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) em 2019. Ele ingressou na instituição em 2014 por meio de um programa específico e diferenciado para os povos indígenas, o Proind “Guerreiros da Caneta”. 

Atualmente, ele cursa o segundo semestre do mestrado em direito na UNB, em Brasília, mas lembra que a trajetória acadêmica não foi fácil.  

“ei por muitas dificuldades. Tive uma trajetória muito triste, quando estava na faculdade tive muitas perdas. Perdi uma filha pequena, um irmão, mas mesmo assim continuei. Fiquei sem chão, não sei de onde tirei forças para continuar e concluir o curso”, relatou.  

Ele perdeu a filha Amillu Isabella Yawalapiti, de 1 ano e 4 meses, em 2015, quando estava no segundo ano do curso. Ela morreu em decorrências de problemas respiratórios. Dois meses depois da morte da filha, ele também perdeu o irmão, Tupanumaka Yawalapiti Waurá, de 11 anos.  

“A gente não espera coisas assim. Foi muito triste. E, é claro, que isso causou impacto negativamente na faculdade. Acabei tendo notas muito baixas, mas depois eu me recuperei”, lembrou. 

Superação: único advogado indígena em MT relata dificuldades e vitórias
Ewésh é do povo Yawalapiti do Parque Nacional do Xingu. (Foto: Arquivo pessoal)

Mas apesar de todas as adversidades que enfrentou Ewésh conseguiu concluir o curso, uma vitória que ele considera não apenas sua, mas de todo o povo Yawalapiti. Atualmente, ele atua na Atix (Associação Terra Indígena Xingu) que representa os 16 povos indígenas que vivem no território do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso.

“Atuo nas causas indígenas, assessorando a nossa associação. Tenho acompanhado as obras e empreendimentos que vão interferir em nosso território. Acho que as organizações indígenas têm sido um canal de extrema importância para reivindicar os nossos direitos”.

Ewésh lembra que a aprovação na OAB também foi desafiante. Ele reprovou duas vezes na segunda fase da prova. No mestrado, também não ou de primeira e precisou enfrentar uma segunda vez o processo para ingressar na pós-graduação.  

“Quando a gente está focado em alguma coisa conseguimos superar as barreiras e alcançar nossos objetivos. A gente tem que ir tentando até conseguir. Não é fácil, mas a gente consegue com muita insistência”.

Para Ewésh, é importante que os jovens indígenas aproveitem a abertura de vagas específicas nas universidades. Pois, formados, eles podem atuar em prol de seus povos e comunidades.

“Antigamente não tinha essas vagas. Nós temos que aproveitar que estão abrindo essas portas, porque nada melhor que nós indígenas, que somos conhecedores da nossa realidade, lutar pelas nossas próprias causas, em defesa dos nossos direitos”. 

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