Presença de bebê em teatro de Campo Grande vira polêmica 6lv6y

Mãe afirma ter sido coagida e fará registro do acontecido na Polícia Civil de Campo Grande 105ou

O que deveria ser apenas um programa cultural, se transformou em episódio polêmico em Campo Grande, devido à presença de um bebê de 9 meses em uma peça teatral, no recém inaugurado Teatro Aracy Balabanian, na noite de quinta-feira (11).

Teatro Sopro 1
Cenário da peça “Todo Redemoinho Começa Com Um Sopro” (Foto: Whats App)

A estudante de pedagogia Lohanna Lima, de 25 anos, foi assistir à peça “Todo Redemoinho Começa Com Um Sopro” com seu filho no colo, e disse ter sido surpreendida com a proibição de entrada pelo diretor da peça, alegando que a presença da criança poderia causar perturbação.

Após uma conversa com o diretor Nill Amaral, ela conseguiu entrar com o bebê, com a condição de que ambos sairiam da sala se houvesse choro. Quando o neném começou a ficar agitado, o diretor teria pedido ela saísse. Segundo a mãe, a criança não chorava.

Lohanna afirma que se sentiu constrangida e decidiu sair do lugar, declarando isso aos presentes. Ela, inclusive, disse que faria registro de boletim de ocorrência na Polícia Civil.

A reportagem conversou com duas pessoas que estavam no público, que pediram para não ser identificadas, e a informação dada é de que houve desconforto generalizado com a situação.

O que diz o diretor 113w3u

A reportagem entrou em contato com o diretor Nill Amaral para comentar a situação.

Segundo ele, houve falha na verificação da classificação indicativa por parte da espectadora e por isso foi oferecida à mãe a oportunidade de assistir à peça em outro momento, sozinha. Ele também expressou a disposição da companhia em criar sessões adaptadas para bebês, visando o conforto das mães.

“Esclarecemos que o espetáculo é recomendado para maiores de 12 anos, conforme divulgado em nossos canais de comunicação. Após questionamento de uma espectadora devido à presença de uma criança de dois anos, oferecemos a ela a oportunidade de assistir ao espetáculo em outro dia e horário. Além disso, discutimos a possibilidade de criar espaços e parcerias para atender melhor o público de mães e bebês, considerandos aspectos como iluminação, climatização e volume do som. Estamos comprometidos em promover uma experiência positiva para nosso público e em abrir um diálogo sobre questões relevantes como essa”.

Nil Amaral, diretor da peça.
Centro Jose Octavio
Teatro Aracy Balabanian fica localizado no complexo do Centro Jose Octavio (Foto: David Melo)

Nil negou que tenha agido de forma a coagir a mãe, como ela alegou. Segundo ele, conversou com a mãe devido ao incômodo causado pelo choro da criança e que ela optou por sair. Ele reiterou o compromisso da companhia em promover uma experiência positiva para o público e abrir diálogo sobre questões relevantes.

“De forma alguma ocorreu coação de alguém, espectadores reclamaram do choro da criança e fui conversar com essa mãe que por estar com um bebê chorando, decidiu por sair do local. A ‘Cia Ofit’ se colocou à disposição para pensarmos em sessões ambientadas para bebês, pensando também no conforto dessas mães.”

Nil Amaral, diretor da peça.

O Primeira Página entrou em contato com a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, responsável pelo centro Cultural José Octavio Guizzo, onde fica o Teatro Aracy Balabanian. A informação é de que os organizadores das peças são os responsáveis integrais.

Ainda assim, segundo a fundação, haverá reuniões para disciplinar o tema.

“A coordenação do Centro Cultural José Octavio Guizzo e a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul não se responsabiliza pelas apresentações das peças de teatro com o Teatro Aracy Balabanian cedido aos grupos, essa responsabilidade é total das Cias que se apresentam, mas diante desse fato faremos reuniões internas para que sejam respeitadas as classificações indicativas das peças e também em determinados momentos, sugerir aos grupos de teatros sessões especiais, com toda a ibilidade necessária em casos especiais, além da que já tem no teatro, para que cada vez mais trabalharmos a inclusão da sociedade para o à cultura.”

Nota da Fundação de Cultura
Teatro Sopro
Cartaz da peça “Todo Redemoinho começa com um sopro” (Foto: Divulgação)

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A peça “Todo Redemoinho começa com um sopro” estará em cartaz nos dias 11, 12 e 13 de abril, no Teatro Aracy Balabanian, recentemente reinaugurado. As sessões serão gratuitas, às 20h, com ingressos distribuídos meia hora antes ou reservas pelo Sympla.

A escolha do teatro pela Cia OFIT reflete sua importância para o teatro local, onde já realizaram diversos espetáculos.

A peça aborda a história de uma casa que guarda memórias esquecidas, enquanto para a atriz Karine Araújo, fazer parte do elenco é uma nova experiência artística, diferente de seus trabalhos anteriores com a companhia.

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Comentários (2) 1l1g6w

  • Julio Cesar

    Mania de brasileiros de levar filhos pequenos em situações como teatro,shows e etc.
    Pagar uma babá para um lazer do casal ou mesmo só da mãe deveria ser de praxe. Aí entra a velha desculpa “Não se encontra babá!”
    Por mixaria não se encontra mesmo.

  • Lindalva Gomes

    Tristeza e indignação é o que sinto.Essa mãe é frequentadora assídua de teatros, essa não seria a primeira peça por ela assistida… A referida bebê acompanha sua mãe há 9 meses e infelizmente ontem foi impedida de prestigiar a peça, sob a alegação de que a criança estava chorando segundo o Diretor. Constrangimento ilegal! Desnecessário esse desfecho. O fato de estar nervoso por ser estreia da peça não lhe dá o direito de agir de tal forma. Fica aqui minha indignação em relação a atitude do Senhor Diretor. Provavelmente dentro de poucos meses Mães serão proibidas de frequentar espaços por estarem com crianças de colo. Não tenho nada contra, mas cada vez mais vemos Pets de todas raças e tamanhos andando livremente com seus tutores, enquanto crianças são pouco a pouco banidas.

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