7 são denunciados por tortura e morte de irmãs candidata e influencer em MT i4i34

Crime ocorreu em 14 de setembro, em Porto Esperidião. Vítimas foram rendidas ao saírem de uma festa 4p2w4q

Rosivaldo Silva Nascimento, Maikon Douglas Gonçalves Roda, Ana Claudia Silva, Lucas dos Santos Justiniano, Adrian Ray Rico Lemes da Silva e Rosicléia da Silva foram denunciados à Justiça por sequestro e morte das irmãs Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto.

irmas mortas
Rayane Alves (blusa azul) era candidata a vereadora pelo PSD. (Foto: Reproduçao)

A denúncia foi ofertada pelo MPMT (Ministério Público de Mato Grosso) nessa quarta-feira (9). Os crimes ocorreram no dia 14 de setembro deste ano, em Porto Esperidião a 358 km de Cuiabá.

O grupo deve responder pelos crimes de organização criminosa, tortura, sequestro mediante resultado morte, no caso das irmãs, e lesão grave em relação à vítima Roebster Alves Porto. A denúncia inclui ainda Matheus da Silva Campos, que vai responder por organização criminosa e tortura.

Segundo o MPMT, os denunciados são pessoas ligadas a uma facção criminosa e tomaram conhecimento de uma postagem em rede social na qual as vítimas Rithiele, Rayane e Roebster aparecem fazendo um gesto com as mãos. Na visão dos denunciados, tal gesto seria uma alusão a uma facção criminosa rival.

irmas mortas em Porto Esperidiao Foto reproducao
Foto entre os irmãos teria motivado o crime. (Foto: reprodução)

“Por esse motivo, os denunciados se associaram para forçar as vítimas a comparecerem ao chamado “tribunal do crime” e lhes aplicarem um “salve”. Essas expressões referem-se à prática de submeter pessoas a uma espécie de julgamento interno da facção criminosa, onde se avalia se as vítimas agiram em desacordo com os interesses da organização”, diz um trecho da denúncia.

Ainda segundo o MPMT, para concretizar o plano criminoso, o grupo contou com a participação de pelo menos oito adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos, que também já foram alvos de representação pela prática dos atos infracionais.

A atuação criminosa foi monitorada por meio de chamada de vídeo por outro indivíduo, que exercia a função de liderança do grupo.

Imagens mostram momento em que irmãos são levadas para cativeiro. (Vídeo: reprodução)

O crime 724h2o

Rayane Alves Porto, 25 anos, que era candidata a vereadora pelo PSD, e Rithiele Alves Porto, 28 anos, influencer com mais de 80 mil seguidores nas redes sociais, foram assassinadas durante a madrugada, após saírem de uma festa. As irmãs estavam acompanhadas de outros dois rapazes.

De acordo com o delegado  Higo Rafael, da regional de Cáceres, as quatro vítimas foram rendidas pelos criminosos e obrigadas a seguirem para uma casa na região central da cidade.

No imóvel, as duas irmãs foram torturadas e mortas por meio de golpes de faca. Um dos rapazes também foi torturado, teve uma das orelhas e um pedaço do dedo cortado. Já o quarto jovem sequestrado conseguiu fugir correndo pulando o mudo da casa e pedir socorro.

“Eles pegaram as vítimas e uma festa na Beira Rio, na própria festa vasculharam os celulares das meninas e depois as conduziram para a casa. Chegando na casa, colocaram as vítimas em um quarto e foram retirando uma por uma para torturar”, detalhou o delegado.

Mortes encomendadas 5k3w3f

As investigações da Polícia Civil apontam para a possibilidade de o crime ter sido encomendado por um detento da PCE (Penitenciária Central do Estado), em Cuiabá. De acordo com o delegado, o criminoso ou as 3h comandando o crime por vídeochamada.

“Todos confessaram e, o mais importante, é que a todo momento estavam em vídeochamada com um preso da PCE. Cerca de 3 horas de tortura e eles permaneceram cumprindo o que esse preso determinava. Tudo comandado de dentro do presídio. Um dos que confessaram o crime, disse que elas já tinham sido decretadas pela facção”.

Em depoimento, o namorado de uma das vítimas – que conseguiu fugir – falou que a todo momento o preso dizia: “Essa vereadora quer tomar minha cidade”. Os criminosos, conforme o sobrevivente, apresentava falas desconexas.

O delegado afirmou que não há qualquer indício de que as vítimas tenham envolvimento com práticas ilícitas.

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Comentários (1) 1my5l

  • Edimar

    Nossa legislação penal está tão atrasada que os criminosos estão mostrando como querem ser tratados pela justiça, a ponto de terem julgadores privados. A sociedade não deveria normalizar essa situação sem cobrar atitude dos 513 deputados bem pagos para legislar.

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