STF determina que 75 famílias permaneçam em assentamento de Poxoréu 2o3k39

Defensor público, que representa as famílias assentadas, afirma que elas não foram ouvidas antes de o desembargador decidir pela reintegração. 604z4j

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinou nesta quarta-feira (25), a suspensão da remoção das 75 famílias do assentamento Nova Maringá, em Poxoréu, a 259 km de Cuiabá. A ministra considerou que não é oportuno retirar os assentados da área enquanto a questão não for esclarecida.

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Assentamento Nova Maringá, em Poxoréu. (Foto: reprodução)

Segundo a Defensoria Pública, as famílias estavam sendo abordadas pela Polícia Militar após a liminar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, decidida pelo desembargador Sebastião de Moraes Filho, ter autorizado a reintegração de posse requerida pelos sucessores do proprietário da terra, Olynto Schimitt.

A reportagem tenta contato com a defesa deles.

“A medida impugnada poderá resultar no desamparo de pessoas em situação de vulnerabilidade, contudo, compreendo não ser prudente, ao menos no presente momento, a pronta efetivação da ordem reintegratória, sem o adequado esclarecimento da questão, em razão dos possíveis danos irreversíveis que daí decorreriam, em séria vulneração dos direitos fundamentais, em especial do direito à moradia”, decidiu.

À reportagem, a Prefeitura de Poxoréu informou que dará assistência aos assentados, caso necessário e afirmou não ter competência para intervir por se tratar de uma área privada.

O defensor público Air Praeiro Alves, que representa as famílias assentadas, questiona que elas não foram ouvidas antes de o desembargador decidir pela reintegração e que o caso deveria seguir para a 2ª Vara Especializada de Conflitos Agrários.

Assentamento Nova Maringá em Poxoreu (Foto: Arquivo pessoal)
Mais de 75 famílias moram no local e vivem da pequena agricultura e pecuária. (Foto: reprodução)

Com isso, ele pretende ingressar com uma ação no STF, para garantir os direitos das famílias, uma vez que elas estavam sendo abordadas pela polícia sem saberem para onde serão levadas.

“Estamos revoltados com a ação da PM. Qualquer cumprimento de liminar tem que ter audiência antes e determinar para onde as pessoas assentadas serão enviadas. Os direitos humanos devem ser respeitados”, afirmou.

Conforme Alves, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, havia determinado novos critérios a serem cumpridos antes de qualquer decisão judicial, em outubro do ano ado. O caso foi julgado como repercussão geral, o que atinge todos os processos semelhantes no país.

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