Super "A" contra o câncer: história de superação inspira livro infantil 3u3lb

O livro "Super 'A' vs o Câncer" foi lançado nessa terça-feira (22) e contou com uma sessão de autógrafos no Hospital do Câncer de MT. 5qw57

ar por um tratamento de câncer não é fácil, ainda mais com apenas 7 anos de idade. Desde abril de 2019, o paciente do HCanMT (Hospital do Câncer de Mato Grosso) de Cuiabá Arthur Defant, enfrenta uma batalha contra a leucemia. Hoje aos 9 anos, após o sucesso do transplante de medula óssea feito em agosto de 2020, doada pela mãe, Juciana Defant, ele está na fase final de tratamento.

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Arthur Defant em sessão de autógrafos no lançamento do livro de autoria dele e da mãe, Juciana Defant. (Foto: HCanMT)

A história da luta vivida por esse “super-herói”, virou tema de um livro infantil escrito por ele e a mãe. Em parceria com o hospital e com o apoio do Fundo Social Sicredi Ouro Verde, o “Super ‘A’ vs o Câncer”, foi lançado nessa terça-feira (22) e contou com uma sessão de autógrafos no HCanMT. Vários exemplares foram distribuídos gratuitamente para os pacientes, filhos dos pacientes e também será distribuído em escolas.

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De acordo com Juciana, a ideia do livro surgiu a partir de um exercício escolar.

“Ele estava em tratamento em Curitiba (PR). A professora [de lá] indicou fazer esse trabalho e, na época, inclusive, foi ideia dela contar a história do Arthur no livro. Eu desenhava e ele pintava. A medida que nós íamos lembrando da trajetória dele, fomos escrevendo o livro. Quando ficou pronto e vimos a história que conseguimos construir, ficamos muito agradecidos e para nós se tornou um objetivo de vida”, afirma a pastora e mãe do menino.

Ela conta que não sabe se o filho se vê como o personagem da história, um super-herói, mas que para ela e o marido, Giovane Defant, ele se comporta como um.

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Livro “Super ‘A’ vs o Câncer” foi lançado nessa terça-feira (22). (Foto: Arquivo pessoal)

“Como pais dele, nós vemos a força que ele tem na vontade de querer fazer dar certo. Se a gente fala que ele tem que fazer algo, ele faz. Se pedimos para ele tomar remédio, ele não reclama. A gente vê que ele demonstra muita força pra nós, que convivemos com ele todo dia e até para as pessoas que estão a nossa volta, que comentam conosco o quanto ele é esforçado”, destaca Juciana.

A mãe reforça ainda que o intuito da obra é ser um acalento e também uma fonte de força para aqueles que am por uma situação igual ou semelhante a de Arthur.

“Vivemos muitos dias difíceis em que tivemos medo, insegurança, e a mensagem que queremos deixar é de ter esperança de que tudo isso vai ar e que existe uma luz no final do túnel. Que existe alegria e que o câncer tem cura. O livro é justamente pra trazer essa esperança tanto pros pais, quanto para as crianças, e as vezes até para um filho que está vendo o pai ando por isso”, disse.

O diagnóstico 425152

O câncer pediátrico é considerado uma raridade médica e a leucemia é o tipo mais comum em crianças, envolvendo cerca de 50 a 60% dos tipos de câncer infantil.

Ao aparecer os sintomas, Arthur, que mora com a família no município de Tapurah, a 428 km de Cuiabá, foi logo direcionado para a UTI do Pronto Socorro da capital e lá, através da equipe do HCanMT, foi feito o diagnóstico da doença.

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Da esquerda para a direita: Giovane Defant, Arthur Defant, o médico George Sampaio Freitas, Juciana Defant e a Geovana Defant. (Foto: HCanMT)

“A leucemia tem uma evolução muito rápida em alguns casos. A criança tem de 7 a 10 dias de sintomas e ela já pode evoluir pra uma situação clínica muito ruim. Devido aos sintomas rápidos que apareceram na vida do Arthur, ele teve que ser deslocado pra uma UTI pediátrica, onde foram feitas as medidas de e inicial e através do diagnóstico da coleta do exame da medula, a gente conseguiu tratar e tirar ele da UTI, vindo pra o nosso leito clínico, na enfermaria pediátrica do HCanMT”, afirma George Sampaio Freitas, médico hematologista pediátrico que acompanha Arthur desde o início do tratamento.

Segundo ele, a leucemia causa um grau de anemia acentuado, reduz a quantidade de plaquetas no sangue, o que contribui para um sangramento importante e, além disso, causa uma imunidade baixa no paciente, o que o torna suscetível a contrair infecções de forma geral, como a pneumonia, por exemplo.

Quando a doença foi descoberta, os médicos optaram pelo tratamento convencional com quimioterapia, porém não foi o suficiente e o menino teve que receber um transplante de medula óssea.

“A leucemia na infância é diferente da leucemia em adultos. Na infância, ela tem uma chance de cura muito alta, se comparado com outros cânceres, ela chega a 80% até 90% de cura, enquanto em adultos elas tem percentuais um pouco menores. O transplante é a principal opção terapêutica para aqueles pacientes que tiveram dificuldade de alcançar a cura no começo do tratamento”, ressalta o médico.

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O presidente do HCanMT, Laudemi Moreira Nogueira, recebendo um autógrafo de Arthur. (Foto: HCanMT)

Do transplante à cura w6b5s

Atualmente, Arthur está curado. Ele recebeu o transplante de medula óssea da mãe em Curitiba, onde segue fazendo acompanhamentos mensais pós-transplante. Mesmo não sendo 100% compatível com o filho, o procedimento foi um sucesso.

“O sangue do Arthur é bem raro, mais difícil de se encontrar um doador compatível, além disso, ainda há um número baixo de doadores de medula óssea no Brasil. Para esses casos, nós acabamos tendo que usar um doador que não seja 100% compatível. O transplante fica um pouco mais difícil mas ele também é efetivo. No caso, ele fez o transplante com o sangue da mãe e a doença entrou em remissão. Não foi fácil o tratamento, como não está sendo fácil agora, em que ele ainda está fazendo o uso de várias medicações para o controle das reações do transplante, mas o objetivo principal, que era alcançar a cura da leucemia, foi alcançada”, afirmou o médico.

Para o presidente do Hospital do Câncer de Mato Grosso, o advogado Laudemi Moreira Nogueira, o sentimento é de gratidão à família em poder compartilhar a história do menino.

“É maravilhoso o que está escrito e melhor ainda a família compartilhar todo esse trabalho e todo esse sacrifício que ele ou. O que nós, a família do Arthur, ele e o Hospital do Câncer, temos em comum é o amor à vida. Isso nos une e eu na condição de presidente da instituição, fico muito feliz e grato por esse trabalho”, disse.

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