Nem placas inibem despejo irregular de lixo em Campo Grande 4g3t2l
Praça dos skatistas, bairro Coophavila 2, em Campo Grande. O local deveria ser de diversão, mas, perto da alegria, mora a tristeza que se acumula em forma de lixo. Nem a placa fixada perto da área de uso comum impede que o local seja tomado pela sujeira.
O bairro que nasceu há 80 anos, foi a parada da equipe do BQQ (Bairro Que Eu Quero) da TV Morena. Travessas, ruas calçadões, espaços de lazer se tornaram verdadeiros lixões a céu aberto.
“Tem alguns moradores, que eu falo que esses moradores são porcos e eles jogam o lixo. Mas, também são essas pessoas que am pedindo pra tirar o lixo. E o que o morador faz, dá 10zão, 20tão pra aquela pessoa, esse morador de rua vem e joga aqui na praça e joga em toda a extensão do calçadão.
As ruas são cortadas por travessas, que são conhecidas como calçadões. Todas levam nomes de animais marinhos, são quatro no total. Mas, por aqui, é um mar de desrespeito. O que era pra ser local de pedestre, serve pro descarte de lixo.

Os moradores até flagraram o caminhão de uma empresa de materiais de construção despejando entulhos em uma das calçadas. (Veja o vídeo no início da matéria).
“Total falta de respeito, porque a comunidade tem que pensar que o lixo que você produz, você tem que descartar, não posso empurrar o meu lixo pro meu vizinho. São moradores da própria comunidade, mas tem moradores de fora, descartam o lixo dentro da nossa comunidade, nos nossos calçadões”, ressaltou a professora Cristina Conceição da Silva.
Em outro ponto do bairro, outra placa ignorada, lixo pra todo canto. Entulhos, resto de móveis, recipientes que acumulam água.
A pedagoga Margareth Flores, mora na região desde os 4 anos de idade, perto da travessa dos Cachalotes. Ela cobra a conscientização dos moradores.
“Faz mais ou menos uns dois meses que não tem limpeza. A grande questão é que fazem a limpeza e logo em seguida descartam novamente, os próprios moradores. É fundamental que as pessoas tenham consciência.
E não para por aí! Quer mais um reflexo desse lixo todo? Dona Aparecida dos Santos de Lima coleciona escorpiões que ela pega dentro de casa e perdeu as contas de quantos tem no pote. “Eles aparecem no meio da casa, na cama, no banheiro. É muito triste. Se picar a gente é um perigo, né? Ainda mais eu que sou diabética. Morro de medo”.

A autônoma Lika do Nascimento mora perto da travessa dos Golfinhos, onde papéis pregados nos muros pedem que não joguem lixo. Mas, além de jogarem, também atearam fogo. “Jogam resto de materiais de construção, animais mortos, tudo o que você imaginar”.