No olhar de quem vive da fotografia, ipês rosas são protagonistas da natureza 224h4z

As flores dos ipês espalhados por Mato Grosso do Sul encantam todos os anos. É impossível não parar a rotina para irar, mesmo que por poucos minutos, os tapetes de flores que se formam nos entornos dos troncos ou se surpreender com a vida que o colorido dá ao cerrado. Registrar essa beleza também é “comum”, um hábito que pelas lentes e olhos de profissionais que a exuberância dessas árvores ficam ainda mais evidente.

Na área rural de Figueirão – município a 247 quilômetros de Campo Grande – o fotografo Laziney Martins viu o cenário perfeito para registrar a primeira florada de ipês do ano. Em meio a vegetação verde, o colorido ganha ainda mais destaque e ele não mede esforços para transmitir em suas fotos toda essa beleza.

“Uma oportunidade única. Mesmo nesse clima seco, com umidade relativa do ar considerado abaixo do considerado normal, a natureza consegue mostrar sua exuberância. Transmite aquela paz, uma sensação única”, explica Laziney, que desde 2010 fez do jornalismo e da fotografia sua profissão.

Em Campo Grande, o espetáculo não é muito diferente, mas em vez de “pintar” a paisagem verde, as flores rosas enfeitam ruas e calçadas por toda a cidade. Há sete anos, Wilmar Carrilho deixou os quadros a óleo para se dedicar a fotografia. Hoje, encanta o mundo com as fotos que mais parecem pinturas.

“Me sinto privilegiado por apreciar todos os anos essas belezas naturais de CG e ainda poder eternizá-las na fotografia. Sempre acompanhando as floradas, ipês roxos, amarelos, brancos e neste momento as rosas. Pego minha máquina e saio por aí fotografando”.

Em 2019, Carrilho registrou um verdadeiro espetáculo na Avenida Ernesto Geisel, perto da Mascarenhas de Morais. “Os ipês floriam todos ao mesmo tempo. As flores caindo no córrego deram fotos que correram o mundo na época. Esse ano estão florindo aos poucos. Tô esperando que esse ano acontece de novo, talvez em julho, porque eles dão outra florada”.

Neste ano os ipês rosas floriram um pouco mais cedo consequência da onda de frio registrada na metade do mês ado, que teve temperaturas recordes. Segundo o professor da UCDB (Universidade Católica Dom Bosc), Kwok Chiu Cheung, biólogo mestre em Ecologia e Conservação, o nascimento das flores têm mais a ver com o clima do que com o calendário.

“Eles florescem em junho, agosto. Começam mais para o final de junho. Mas às vezes acontece de ser mais cedo. Mudou o clima. E temperaturas mais baixas antes do tempo é uma resposta ao ambiente atual. É perfeitamente normal”, explica.

Para quem aprecia a beleza dos ipês, a época do ano não faz a menor diferença. O importante mesmo é ver as flores “pintaram” as paisagens por Mato Grosso do Sul. “Viver em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul todo, estamos no paraíso, tem belezas naturais por todo lugar que se anda”, reforçou Carrilho.

Confira as fotos feitas pelos dois profissionais: 1n5q1e