Pontes com madeira de desmate ilegal: Prefeitura de Guarantã do Norte é multada pela Sema 32r16
Madeira vinda de área desmatada sem autorização foi encontrada na Prefeitura de Guarantã e seria usada na manutenção de pontes 4i182n
A Prefeitura de Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, foi multada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) após receber uma carga de madeira retirada ilegalmente de uma área de floresta nativa. A fiscalização encontrou cerca de 34 metros cúbicos de toras estocadas a céu aberto no pátio da Secretaria de Infraestrutura Rural e Serviços Urbanos. O material estava sem qualquer documentação exigida por lei.

Segundo o relatório técnico da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), a prefeitura alegou que a madeira havia sido doada por um produtor rural e seria utilizada na recuperação de pontes em estradas vicinais do município.
Embora a multa tenha sido aplicada pela Sema em 19 de março de 2025, o caso repercute nesta semana após a circulação de um vídeo que mostra o flagrante da madeira estocada no pátio da Secretaria de Infraestrutura. (Veja abaixo o vídeo)
O secretário de Infraestrutura, Alex Sandro Pilatti, informou à equipe de fiscalização que o doador teria autorização para o corte. No entanto, a Sema apurou que a área de onde o material foi extraído não possui cadastro no sistema ambiental estadual (SIMCAR-MT) e foi alvo de desmatamento ilegal entre 2021 e 2022, sem qualquer autorização. Além disso, a carga não estava acompanhada da Guia Florestal, documento obrigatório para o transporte e armazenamento de madeira nativa.
Imagens de satélite confirmaram a derrubada de mais de 37 hectares de vegetação nativa da Amazônia, em uma área considerada de preservação. Além disso, a madeira não tinha a Guia Florestal – documento obrigatório que garante a procedência e legalidade do produto desde a extração até o destino final.
Diante das irregularidades constatadas, a Sema multou a Prefeitura de Guarantã do Norte, apreendeu a carga de madeira e encaminhou o caso ao Ministério Público Estadual. A gestão municipal foi responsabilizada por manter o material ilegal em seu pátio, enquanto o proprietário da área desmatada será investigado em processo separado.
Até agora, a istração municipal não se manifestou sobre a multa nem sobre o destino das pontes que receberiam a madeira.