Top 10: desmatamento cresce 45% em MS, diz MapBiomas 5q6z4t

Segundo MapBiomas, não houve desmatamento significativo em áreas de preservação, assentamentos rurais e territórios indígenas. 523322

O projeto MapBiomas divulgado nesta segunda-feira (18) mostra Mato Grosso do Sul entre os dez estados que mais desmatou no país em 2021 e entre os 20 que apresentaram crescimento de vegetação destruída. Em comparação a 2020, o estado apresentou um crescimento de 45% na área desmatada, atingindo um total de 55.626 ha.

 MapBiomas: área dos alertas de desmatamento (Foto: Reprodução)
MapBiomas: área dos alertas de desmatamento (Foto: Reprodução)

Segundo o levantamento, o volume desmatado corresponde a 152 ha por dia de área desmatada. Apesar do crescimento significativo, a variação de 16.477 ha de destruição em um ano, representa apenas 3,36% de todo o território desmatado no país. No primeiro ano da pandemia da covid-19 foram desmatados 26.072 ha.

Onze estados superaram a média de 100 hectares desmatados por dia ao longo de 2021: Pará, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Bahia, Rondônia, Piauí, Tocantins, Acre, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

O crescimento da área desmatada acompanhou o número de alertas. Em 2020 foram emitidos 388 alertas de desmatamento no estado. Já no ano ado, a quantidade subiu para 751.

Área desmatada no Pantanal flagrada pela PMA em 2021
Área desmatada no Pantanal flagrada pela PMA em 2021 (Foto: PMA)

Os alertas e área desmatada, entre 2019 e 2021, com embargo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais) lavrado entre janeiro de 2018 e maio de 2022. De acordo com a tabela, são 125.185 ha de área desmatada no estado, e 411 ha área total do alerta que cruza com embargos do Ibama, que representa 0,3% da área desmatada com ação. Além disso, são 1.703 alertas – sendo 10 alertas cruzados com as ações – o que significa 0,6% do número de alertas com ações.

Segundo o MapBiomas, no estado não houve desmatamento significativos em áreas de preservação, assentamentos rurais e territórios indígenas.

No processo de validação do ano ado ou a incluir na análise, vetores de pressão para o desmatamento, como agropecuária, garimpo, mineração, expansão urbana e outros. No estado, entre as opções, aparecem apenas a agropecuária e a expansão urbana. No país, esses dois vetores representaram uma área de 1.599.141 ha (96,6%) e 5.885 ha (0,4%), respectivamente.

Polícia ambiental aplicou multa de R$ 56 mil por desmatamento de Mata Atlântica em propriedade de Tacuru (Foto: PMA)
Polícia ambiental aplicou multa de R$ 56 mil por desmatamento de Mata Atlântica em propriedade de Tacuru (Foto: PMA)

Piores desmatamento q9h

Na lista dos 50 municípios que mais desmataram em 2021 no Brasil, três são de Mato Grosso do Sul: Aquidauana (25º); Corumbá (30º) e Porto Murtinho (50º), todos na região do Pantanal.

Segundo a lista, Aquidauana aumentou quase 200% a área de desmatamento em 2021 em comparação ao ano anterior (11.474 ha) em 2021, uma média de 31,4 ha por dia. Considerando as medidas originais do Maracanã, a área de vegetação destruída corresponde a 3,5 vezes do maior estádio brasileiro.

Já Corumbá teve a segunda maior área desmatada no ano ado, atingindo 10.695 ha, porém em comparação a 2020, representou uma redução de 21,8%, ou seja, foram 2.976 ha a menos de desmatamento.

Por fim, Porto Murtinho, atingiu um crescimento expressivo de 79,4% ao destruir 6.583 ha de vegetação. O total equivale a 18 ha por dia de desmatamento nesse município.

Reserva legal 2zq5j

Em 2021, houve sobreposição de 3.621 alertas (5% do total) com pelo menos 0,3 hectare de APP (Área de Proteção Permanente). Em termos de área, a sobreposição foi de 10.337 hectares, ou 0,6% do total desmatado no país.

Para a análise de desmatamento em APP ao longo dos rios foram considerados os dados autodeclarados pelo proprietário de terra no Sicar (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural), que são subestimados.

No Brasil e em todos os biomas houve redução da área desmatada em APPs no ano ado em relação a 2019 e 2020, exceto na Caatinga.

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Pós-desmatamento 3b3u45

O MapBiomas também traz o tipo de vegetação desenvolvido após o desmatamento da mata nativa. Em 2021, houve o predomínio na formação florestal (69%) e na formação savânica (26,6%), sendo o restante
predominantemente sobre formação campestre (4,3%).

No estado, os biomas presentes são o Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. Nesses ecossistemas, a recuperação se deu:

  • Cerrado: vegetação savânica (65,8%); vegetação florestal (21,9%); vegetação florestal (11,8%).
  • Pantanal: vegetação florestal (48,6%); vegetação savânica (30,8%); vegetação florestal (17,7%).
  • Mata Atlântica: vegetação florestal (78,9%); vegetação savânica (19,9%).

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