Lula lamenta chacina em Sinop: país tomado pela violência 67624c

Os autores da chacina que vitimou sete pessoas em Sinop, a 503 km Cuiabá, foram classificados como “vagabundos” pelo presidente Lula (PT) nesta sexta-feira (3). Ele esteve em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, para participar da entrega de mais de 1,4 mil unidades habitacionais a pessoas de baixa renda. Veja o vídeo onde Lula cita a chacina, a partir de 1:09:32 da gravação. (Veja abaixo).

“Devia ser um vagabundo porque jogar sinuca às 15h não é para trabalhador. Ou seja, esse cidadão perdeu a partida e resolveu matar 7 pessoas sem nenhuma explicação. Sem nenhuma explicação! A gente vê na televisão todo dia pessoas agredindo pessoas (…) O país foi tomado pela violência, porque a mentira e o ódio predominaram (…)”.

Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, foi preso no dia 23 de janeiro, um dia após matar as pessoas, entre elas uma adolescente de 12 anos, em um bar. O cúmplice dele, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morreu em confronto com o Bope (Batalhão de Operações Especiais).

Edgar e Ezequias mataram sete pessoas após perderem cerca de R$ 4 mil em uma aposta de sinuca. Um vídeo registrado pelas câmeras de segurança do bar mostrou o momento em que um dos homens, com uma pistola, pede para que as algumas das vítimas fiquem de costas, viradas para a parede (veja abaixo).

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), usou as redes sociais no dia do atentado para relacionar a chacina com a polícia armamentista da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O socialista lembrou que são mais sete homicídios brutais, resultado da política de proliferação dos chamados clubes de tiro.

Edgar, um dos atiradores, era registrado como CAC (Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador), desde março de 2022, de acordo com o Exército. Ele é uma das 22.011 pessoas que conseguiram certificados CAC no último ano em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

“Mais 7 homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de “clubes de tiro”, supostamente destinados a “pessoas de bem” (como alega a extrema-direita)”, disse o ministro nas redes sociais.

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