Deputado gera polêmica com livro de Hitler em punho 1m561
João Henrique Catan (PL) citou obra banida por 70 anos ao defender requerimento de sua autoria, durante sessão na Alems 3b69s
Depois de “atirar no comunismo”, enquanto votava durante sessão remota da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), no ano ado, o deputado estadual João Henrique Catan (PL) voltou a “causar” ao citar obra de Adolf Hitler na tribuna. O episódio ocorreu durante a sessão desta terça-feira (7). Confira abaixo.
Ao defender requerimento de sua autoria, Catan exibiu o livro Mein Kampf (Minha Luta), escrito por Hitler, considerada a Bíblia do Nazismo e de divulgação proibida em partes do mundo.
“É com a apresentação do Mein Kampf, de Hitler, que peço para que este Parlamento se fortaleça, se reconstrua e se reorganize nos rumos do que foi o Parlamento Europeu da Alemanha”, disse o deputado.
No requerimento em questão, derrotado por 16 votos a 2, o deputado bolsonarista cobra a divulgação de uma lista de pessoas nomeadas nos cargos comissionados do governo do Estado. Um dos argumentos usados pelos que votaram contra o documento é o fato de que as informações já são de o livre a qualquer cidadão, através do Portal da Transparência.
Apesar da conotação controversa, João Henrique nega intenção de fazer apologia ao nazismo.
“A citação foi justamente oposta a esse sentido, em crítica às estratégias de Hitler para anular o parlamento, corromper a democracia, até que colocou, por meio de infiltrado, fogo no parlamento alemão”, diz o parlamentar em nota.
Conforme Catan, “o Governo do Estado orientou sua base a votar contra um requerimento simples, atividade fiscalizatória e devido exercício da atividade parlamentar”.
“Ou seja, Hitler anulou o parlamento colocando fogo no prédio, o Governo do Estado de MS ateou fogo no parlamento estadual construindo sua base para que renunciem ao exercício e independência da atividade parlamentar”, disse o parlamentar em nota.
No Brasil, é considerada crime de apologia ao nazismo o uso de símbolos nazistas ou fazer propaganda, com pena de reclusão de um a três anos e multa.
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Depois da morte de Hitler, em 1945, o livro Mein Kampf (Minha Luta) foi banido por 70 anos. Em 2016, contudo, o livro caiu no domínio público, mas o Rio de Janeiro, por exemplo, ainda proíbe a publicação, distribuição e circulação do conteúdo parcial ou integral do livro de Adolf Hitler.
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Durante sessão virtual realizada em maio do ano ado, o deputado estadual descarregou revólver em um estande de tiros para defende um outro projeto de sua autoria que estava em pauta. Na ocasião, Catan argumentou que os disparos foram de “de advertência ao comunismo”, que o alvo dos disparos, foi um desenho com símbolo comunista. Após o ocorrido, o deputado foi denunciado pelos colegas parlamentares à Corregedoria.
