Dificuldade na intimação de Trutis tem 'ocultação suspeita' para MPF
Deputado federal ainda surgiu nas redes sociais ao lado de Bolsonaro, em Brasília
O Ministério Público Federal manifestou-se a respeito do deputado federal Loester Carlos de Souza, mais conhecido como “Trutis”, do PSL, e seu assessor, Ciro Nogueira Fidelis, após o parlamentar ignorar um servidor da Justiça Federal. Para o órgão, há evidência de “ocultação suspeita”.
No começo de fevereiro, o oficial de Justiça tentou notificar Trutis para apresentar defesa no processo em que é acusado – de forjar um atentado contra si mesmo, em fevereiro de 2020 – segundo consta em certidão anexada ao processo no STF (Supremo Tribunal Federal).
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O primeiro contato ocorreu via ligação e pelo WhatsApp, onde o mesmo chegou a combinar com o deputado para entregar o documento. Porém, Trutis não foi mais encontrado.
Conforme citado no inquérito do MPF, a conversa teria iniciado em 8, 15 e demais dias de fevereiro deste ano.
Contudo, no dia 21 do mesmo mês, Trutis publicou em uma de suas redes sociais uma foto ao lado do presidente, na sede do Governo Federal, em Brasília. “Na sala do chefe, 2022 promete”, diz a legenda.
De acordo com o MPF, as circunstâncias podem evidenciar “uma ocultação suspeita”.
“(…) o que tornaria aplicável ao caso (…) o procedimento da citação por hora certa”, diz parte do inquérito.

O significado disso, conforme apurado pela reportagem, é de que o oficial de justiça deve avisar a alguém próximo ao réu que ele está sofrendo uma ação judicial.
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