Sirenes anunciando invasão acordam campo-grandense que vive na Ucrânia 3o5464

Nascido em Campo Grande, Ross vive em Kiev há dois anos, e narra cenário de angústia após invasão 5l6c1f

Sem acreditar que a invasão se tornaria realidade, o campo-grandense Ross Kasakoff, 30 anos, acordou com as sirenes na madrugada desta quinta-feira (24). O som foi o aviso de que a Ucrânia estava sob ataques da Rússia.

De malas prontas, campo-grandense Ross que vive na Ucrânia está pronto para deixar país a qualquer momento. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
De malas prontas, campo-grandense Ross que vive na Ucrânia está pronto para deixar país a qualquer momento. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

As sirenes colocadas durante a 2ª Guerra Mundial e Guerra Fria, em Kiev – capital da Ucrânia – despertaram Ross não só do sono como trouxeram o rapaz para a realidade, que até então parecia distante.

“Eu, como a maioria dos ucranianos, não acreditava numa invasão. Nós chegamos a tratar como piada para deixar o dia a dia mais tranquilo, mais tolerável. Não acreditava na invasão, mas hoje acordei com barulho de sirenes”, disse o assessor no ramo de barrigas de aluguel e tradutor, Ross Kasakoff, em entrevista ao g1 MS.

Nascido em Campo Grande, Ross vive em Kiev há dois anos, onde trabalha como assessor de uma empresa que agencia barrigas de aluguel para casais de todo o mundo.

O clima de tensão é iminente e a mudança na rotina foi repentina. “Vi pelo celular que a Rússia tinha invadido a Ucrânia. Recebi inúmeras mensagens, isso fez minha percepção mudar, foi a partir deste momento. A cidade também estava desacreditada, mas hoje começamos a entrar em um estado de atenção. Não é pânico, mas sim atenção”.

Após as sirenes 1b3b17

Depois de ouvir o barulho e ler sobre a situação da invasão, o campo-grandense decidiu ir ao mercado, como a maioria dos ucranianos.

“ei no mercado e os pães foram todos comprados e também uma grande quantidade de álcool, bebidas alcoólicas mesmo. As pessoas compraram bebida e fizeram fila nos postos de combustíveis para poderem abastecer e sair da cidade”, descreve.

Ross Kasakoff ainda tenta deixar a capital da Ucrânia, como muitos moradores, depois da invasão da Rússia. Para a reportagem, ele relata que tentou buscar ajuda na embaixada brasileira, mas o telefone de contato disponível não atende às chamadas. “Não sei se foi pelo excesso de ligação que eles estão recebendo, mas não consegui”.

“A última instrução que recebemos da embaixada é de que quem for brasileiro pode sair de Kiev e deve ir rumo ao oeste. Para aqueles que não conseguirem, devem buscar um lugar seguro. Eles não disseram se devemos ir até à embaixada, até mesmo porque não teria o que fazer no local”, fala.

Segundo embaixada brasileira na Ucrânia, cerca de 500 brasileiros vivem no país.

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Conflito 2j664l

O governo russo afirma que os alvos dos mísseis são apenas bases aéreas ucranianas e outras áreas militares. Já a Ucrânia afirma que a Rússia lançou operação em larga escala.

Em discurso, o presidente russo Vladimir Putin fez ameaças e disse que quem tentar interferir sofrerá consequências nunca vistas.

O Ocidente condenou imediatamente a decisão de iniciar o bombardeiro. A ONU (Organização das Nações Unidas) pediu para o presidente russo recuar, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a Rússia escolheu uma guerra de “perdas catastróficas”.

Tanques entram na cidade de Mariupol, na Ucrânia, após Putin ordenar uma invasão do país (Foto: Reuters/Carlos Barria)
Tanques entram na cidade de Mariupol, na Ucrânia, após Putin ordenar uma invasão do país (Foto: Reuters/Carlos Barria)

Biden diz que vai se reunir com o G7 na tarde desta quinta (24) e que vai anunciar novas sanções à Rússia. A Casa Branca anunciou que o presidente americano já conversou com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, mas não deu detalhes da conversa.

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