Solução para falta de água em aldeias de Dourados não tem prazo 6w1t4o

A ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara, veio a Mato Grosso do Sul e falou sobre os problemas enfrentados pelos indígenas Terena e Guarani-Kaiowá 1l5g2s

Em meio a crise de falta de água potável na Reserva Indígena de Dourados, a ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara, veio a Mato Grosso do Sul para uma série de visitas a aldeias do estado.

Na manhã desta sexta-feira (29) ela afirmou que apesar das soluções encontradas – a construção de poços na região – e dos esforços do governo, não é possível prever uma data para que o problema realmente chegue ao fim.

ministraoniaguajajara
Ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara, no Bom Dia MS (Foto: Karina Prado)

A ministra falou sobre a situação dos indígenas das etnias Terena e Guarani-Kaiowá no Papo das Sete, quadro do Bom Dia MS na TV Morena e ao jornal Primeira Página, da Morena FM.

? Ouça abaixo a entrevista dada a Morena FM: fn3k

Segundo a ministra, a falta de água na reserva é um problema estrutural e que apesar de ser uma questão tratada como prioridade pelo Ministério dos Povos Indígenas, é de responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena).

Leia mais 436e28

  1. Espera de 20 anos por água termina em acordo milionário para indígenas 2p1i73

  2. 50 indígenas foram atendidos em ambulância após confronto na MS-156 4q434u

  3. Protesto por água tem tiros, preso e gritaria entre indígenas e PM 1z3dn

Apesar disso, o esforço em conjunto resultou no acordo: a curto prazo, dois poços serão construídos na reserva, um investimento de R$ 490 mil. Enquanto as obras não ficam prontas, caminhões-pipa vão garantir o abastecimento. Essa medida já começou a ser cumprida nesta sexta-feira (29).

caminhao pipa aldeia
Caminhão-pipa na reserva de Dourados (Foto: Thalyta Andrade)

Além disso, R$ 2 milhões já foram destinados para a construção de dois super poços.

Mesmo com os recursos garantidos, essas duas soluções não devem sair neste ano. É o que explica a ministra.

“O tempo que leva é exatamente o tempo necessário mesmo pra gente fazer cumprir os processos legais. Mas para esse ano certamente que não fica pronto, tanto pela própria demora das contratações, quanto pela própria execução do projeto, né? Mas o que nós estamos orientando é que seja feito o quanto antes. Eu não posso aqui estipular um prazo. Se eu digo um prazo eu estou mentindo e eu não posso fazer isso. A gente só pode estipular o prazo quando tiver a empresa contratada e ela poder dizer, qual o prazo precisa para concluir o projeto”

Sônia Guajajara

Segundo a ministra, outro projeto deve mudar a realidade das aldeias na fronteira do Brasil com outros países.

“Nós aprovamos um projeto de R$ 90 milhões de reais para o o à água potável em toda essa região de Fronteira, né? Desse valor, 44 milhões seria para essa região aqui de Mato Grosso do Sul e somente agora no final do ano a gente conseguiu concluir todo esse processo de finalização desse projeto que tá previsto para começar ainda em março do ano que vem. Então nós temos trabalhado. A gente não parou. Acontece que é uma burocracia muito grande para você conseguir chegar a finalização de um processo como esse”.

Sônia Guajajara

Antônio João 56463d

A ministra também falou sobre os conflitos de terra em Mato Grosso do Sul e do acordo histórico na Terra Indígena Cerro Marangatu, em Antônio João.

Segundo a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), atualmente, 154 propriedades rurais estão no meio de disputa entre indígenas e produtores rurais, uma área que supera duzentos e setenta mil hectares, em vinte e nove municípios do estado.

Mas segundo Sônia Guajajara, o conflito nessas outras áreas podem não ter o mesmo desfecho que em Antônio João.

“Foi um acordo para resolver uma um problema de décadas, né? Onde os conflitos estavam acirrando e muitas mortes já aconteceram na região. A gente precisava resolver aquela situação e o Ministério dos Povos Indígenas liderou essa discussão para chegar num acordo. Mas essa não pode ser uma regra geral para todas as situações. Até porque são situações muito diferentes e a gente ainda tem um rito tradicional que precisa ser seguido, que orienta o processo demarcatório, então Antônio João foi uma exceção e é claro que a gente tá buscando as outras soluções para resolver os outros casos também”

Sônia Guajajara

Ouça a entrevista na íntegra no início da matéria.

FALE COM O PP 2n1039

Para falar com a redação do Primeira Página em Mato Grosso do Sul, mande uma mensagem pelo WhatsApp. Curta o nosso Facebook e nos siga no Instagram.

Leia também em Política! 6u57a

  1. Janaina Riva em sessão na ALMT (Assembleia Legislativa de Mato Grosso). Parlamentar foi vítima de desinformação. (Foto: Ângelo Varela/ALMT)

    Janaína Riva é a candidata do MDB ao Senado, diz presidente da AMM 5b2j24

    O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Léo Bortolin, disse em...

  2. ministra

    Ministra inaugura poço e encontra lideranças em MS no aquecimento da COP-30 683b6m

    O encontro faz parte do ciclo COParente – Edição Centro-Oeste. ...

  3. ônibus

    Diretor culpa buracos pelas más condições dos ônibus de Campo Grande 424v4s

    I retornou nesta segunda-feira (9) em sua 3ª fase....

  4. Médico de MT suspeito de estupros tem mandato de vereador cassado 4x2j4h

  5. Relatora da I das Bets, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), com apresentadora, influenciadora e empresária Virginia Fonseca (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

    Soraya sobre foto com Virginia em I: “óbvio que eu não iria falar não” 73v6s

    A foto entre Soraya Thronicke e Virginia Fonseca, após o fim do...

  6. Mauro Cid

    Mauro Cid entrega bastidores do plano para impedir posse de Lula 3j1650