Soraya: “para ser traído pelo Bolsonaro, basta pegar senha e entrar na fila” 116v
Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) fala sobre traição envolvendo ex-presidente da República Jair Bolsonaro 5f605z
Eleita senadora na onda bolsonarista em 2018, Soraya Thronicke (Podemos-MS) contou, ao podcast Política de Primeira, sobre o rompimento com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e os detalhes sobre a traição que sofreu. (assista ao vídeo abaixo com a entrevista)
“Ele traiu aqueles que estavam arduamente trabalhando pra montar chapas pra levar o partido adiante. Eu costumo dizer que, pra ser traído pelo Bolsonaro, basta pegar uma senha e entrar na fila. Só que eu tive a coragem de me levantar”, afirmou a senadora.
“Eu me senti traída já na campanha. Foi a forma como o partido aqui trabalhou e abandonou a nossa chapa, o nosso time. Não trouxe recurso, mas isso a gente esperava. Tive apoio no começo, com alguns vídeos, mas no meio da história, depois da facada, quando Gustavo Bebiano, então presidente do PSL naquele momento, soube dos problemas que estavam acontecendo aqui no estado, da traição do próprio partido aqui, uma questão local, ele se voltou contra a presidência aqui, contra o diretório, e o presidente Bolsonaro não gostou, porque ele simplesmente fez o que tinha que ser feito.”

Soraya afirmou que, em 2018, Bolsonaro pediu voto para outra chapa ao Senado.
“O próprio presidente Bolsonaro, tendo duas cadeiras, podendo ter dois senadores, pediu voto pra um no final do pleito. A campanha do Bolsonaro eles dizem que gastaram pouco, mas na verdade foi uma das campanhas mais caras da história do Brasil, porque as pessoas tiraram do bolso, as pessoas apareciam com adesivo, com camiseta. Era um momento anti-PT, ele surfou também. Eles foram muito inteligentes e tratavam de uma direita que a gente estuda e conhece e que não condiz com os princípios que ele depois não agiu tal qual.”
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“Bolsonarismo como seita” 6e7368
“Bolsonaro é de direita mesmo? As atitudes dele são atitudes de direita? Porque combate à corrupção não é uma questão ideológica, é uma questão de caráter. Combate à corrupção foi pífio e foi terrível. Mudaram cinco vezes o diretor-geral da Polícia Federal e também ministro da Justiça. Então foram escândalos de corrupção que as pessoas preferem não ver. Eu sou muito pragmática. Vamos falar do que é de direita: nós sempre defendemos o livre mercado, uma economia com menor intervenção. Outra coisa que as pessoas não compreendem o real significado: o que é o conservadorismo? O verdadeiro conservadorismo é um conservadorismo institucional e não de costumes. E eu me aprofundei nesse assunto. Então quem está sendo julgado por atentar contra as instituições? Quem incitou pessoas a pedir uma intervenção militar? Neste aspecto eles não foram nada conservadores. Quanto menos Estado, menos intervenção na vida particular das pessoas. Só me interessa o que você faz dentro de quatro paredes se for crime, aí eu posso entrar e pegar você em flagrante delito e prender. Mas se é realmente menos Estado, então eu não me importo com o que você está fazendo dentro de quatro paredes desde que não seja crime. Eu Estado. Então há muitas contradições.”
“O Bolsonaro não é nem extrema direita, pra mim é um bolsonarismo. Eu hoje encaro, doa a quem doer, como uma seita. Seita é quando você não pode discordar do líder e no bolsonarismo você não pode discordar, ter opinião, ainda mais uma mulher.”
“Tudo é uma falácia, tudo é mentira. Quando eu vi que tudo era mentira, porque eu não sou boba, data máxima vênia, eu falei: deu. E eu não vou ficar dependendo de likes. Eu apanhei muito do gabinete do ódio, eu e minha família somos monitoradas pela Abin paralela, e tudo mais o que está vindo à tona. Eu não mudei de linha, eu continuo sendo a mesma Soraya, eles que não cumpriram.”
Comentários (1) 1my5l
Ela que traiu Bolsonaro. Ah! Daí ela se aliou ao Lula? Não engana mais, pois já sabemos desde quando foi eleita em MS. Procurem a VERDADE!