Alfredo da Mota Menezes

Alfredo da Mota Menezes 3cq5n

Venceram a democracia e o bom senso 9305h

Não tem jeito de não falar outra vez sobre o tal golpe de estado, com o aparecimento de outros dados e novos depoimentos. 432y1k

Não tem jeito de não falar outra vez sobre o tal golpe de estado. Mais dados apareceram sobre o assunto, principalmente em cima das falas de militares que souberam das conversas sobre golpe e que o STF e a Polícia Federal estão revelando.

Alguém disse que “o plano estava pronto, mas Bolsonaro foi traído pelo Exército”. O Exército ficar ao lado da lei e do resultado de eleição é traição? Foi mostrado ainda nos depoimentos que alguns militares disseram que foram comunicados pelo presidente Bolsonaro sobre essa intenção. Que tiveram o a uma minuta do golpe.

STF
Prédio do STF, em Brasília. (Foto: Divulgação)

Um dos generais, Freire Gomes, Comandante do Exército, disse a Bolsonaro que o prenderia se tentasse um golpe. Deve ser a tal traição. Ministro da Aeronáutica também foi contra o golpe, o da Marinha aceitava. Não havia unidade nas Forças Armadas, principalmente a não adesão do Exército.

Mais fala de golpistas: “a gente ia matar meio mundo”. A trama previa matar algumas pessoas, principalmente Alexandre de Moraes. O que foi mostrado sobre as falas desses personagens leva ao ridículo essa ideia de golpe.

Bolsonaro foi útil ao Brasil em dois assuntos importantes. Um, a tentativa de golpe acabou matando essa ideia talvez para sempre. O fato está sendo ridicularizado em todo lugar pelo amadorismo dos participantes. Bolsonaro com uma minuta para cá e para lá vendo se teria apoio para um ato politico insano. Dai a utilidade do ex-presidente: ter enterrado a ideia de se derrubar governo eleito e forças militares tomarem conta da vida política e istrativa de um país.

A outra ação útil de Bolsonaro ao país foi fazer com que a direita politica mostrasse sua presença mesmo. Não ficar, como era, escondida e atirando pedras de longe. Agora sabemos quem são os da direita e isso é bom para a politica nacional. Esse grupo, como já comentou antes a coluna, precisa de um partido politico. Ou será que o PL, mesmo tendo apoiado antes gentes do PT, poderia ser esse partido?

Outro dado interessante sobre o tema foi saber que parte das Forças Armadas não concorda com quebra da ordem política e institucional. Era crença de que sempre haveria uma concordância geral para atos autoritários. Os fatos mostram outra direção. Enquanto alguns concordavam com golpe, não importando o resultado para o país, outros não. Ai aparece a figura de Freire Gomes que impediu avanço nessa ideia de golpe.

Como estaria a economia do país sob uma ditadura? Como estaria a relação do Brasil com outros países? E o cerco à imprensa e as universidades públicas? Será que voltariam às torturas e prisões ilegais? Afastariam ministros do STF? Fechariam o TSE?

Por falar em tribunal eleitoral, apareceu nas falas dos militares agora que Bolsonaro e sua gente queria anular a eleição em que perdeu com alegação de que houve fraude. Os militares não concordaram. Eles estavam juntos da eleição, dos tribunais, da apuração e não viram nada. Os ridículos golpistas ajudaram a fortalecer a democracia no país.

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Alfredo da Mota Menezes , e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

Comentários (1) 1my5l

  • Marcondes

    Análise muito boa, mostra que assim como a maioria dos generais, a maioria dos brasileiros têm lucidez quando está em jogo o destino do Brasil.

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