Vídeo: Bolsonaro na mira da PF por suspeita de tentativa de golpe 2p722k

Vídeo de reunião entre Bolsonaro e aliados, realizada em julho de 2022, que embasou operação da Polícia Federal contra militares e ex-ministros de Bolsonaro suspeitos de participarem de uma tentativa de golpe de Estado 65681x

O ex-presidente Jair Bolsonaro está na mira da PF (Polícia Federal) desde a divulgação de um vídeo em que ele aparece sugerindo um golpe de estado no Brasil. A gravação foi encontrada no computador de Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e divulgadas nesta sexta-feira (9) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Bolsonaro sugere “plano B” caso seja derrotado nas eleições. (Vídeo: Reprodução)

Plano B 446m1n

Na reunião, realizada em 5 de julho de 2022 o então presidente afirmou a ministros que o governo teria que botar em prática um “plano B” em relação às eleições presidenciais que ocorreriam em outubro daquele ano. (Confira o trecho acima)

Na ocasião, Bolsonaro se referia a fala do então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, que na prática afirmava que o resultado as urnas deveriam ser respeitadas.

Fachin tinha dito que as auditorias em curso sobre o sistema eleitoral não eram instrumentos para rejeitar o resultado das urnas.

Na mesma reunião, conforme o portal G1, general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, defende que a “mesa” tinha que ser virada logo, antes do resultado das eleições.

No entendimento da PF, a gravação deixa claro que Bolsonaro convocou seus aliados para discutir estratégias que evitassem derrota nas eleições.

As imagens embasaram a operação da Polícia Federal que, nesta quinta-feira (8), agiu contra militares e ex-ministros de Bolsonaro suspeitos de participarem da tentativa de golpe de Estado.

Ainda conforme o portal G1 a PF ainda encontrou, no gabinete de Bolsonaro na sede do PL, um documento com conteúdo golpista que anunciaria a decretação de um estado de sítio e a imposição da garantia da lei e da ordem no país.

Confira o vídeo da reunião na íntegra: 3i2b4t

https://twitter.com/delucca/status/1755976623315103766

O que diz a Minuta do Golpe 265e4q

Conforme a PF a minuta de decreto golpista previa a prisão dos ministros do TF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além da prisão do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A minuta também previa a realização de novas eleições.

A PF obteve conversas de aliados do ex-presidente discutindo a minuta em novembro e dezembro de 2022, pouco antes de Bolsonaro deixar a presidência.

Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro teve o ao documento — por meio do então assessor especial da Presidência, Filipe Martins, e do advogado Amauri Feres Saad — e pediu modificações no texto.

A participação de Bolsonaro é comprovada, segundo a PF, por mensagens obtidas com o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, um dos assessores mais próximos de Bolsonaro.

Além da minuta, o ex-presidente é citado em um outro documento de cunho golpista. O texto foi apreendido pela PF dentro do gabinete de Bolsonaro, na sede do PL, em Brasília.

O documento defende e anuncia a decretação de um estado de sítio e de uma operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no país. O texto não está assinado.

Núcleos para tentativa de golpe 6b2y1w

A investigação da Polícia Federal ainda afirma que ex-assessores e ex-ministros de Bolsonaro se dividiram em seis núcleos para organizar uma tentativa de golpe de Estado.

  • Núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral;
  • Núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado;
  • Núcleo jurídico;
  • Núcleo operacional de apoio às ações golpistas;
  • Núcleo de inteligência paralela;
  • Núcleo de oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos.

O que diz Bolsonaro 6s2cj

Em resposta ao portal G1 A defesa do ex-presidente disse que Jair Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.

Os advogados afirmaram que o documento de cunho golpista encontrado no gabinete de Bolsonaro havia sido impresso para que ele “pudesse tomar conhecimento” de materiais mencionados na investigação da Polícia Federal.

“O ex-presidente — desconhecendo o conteúdo de tais minutas — solicitou ao seu advogado criminalista, Dr. Paulo Amador da Cunha Bueno, que as encaminhasse em seu aplicativo de mensagens, para que pudesse tomar conhecimento do material dos referidos arquivos”

“A impressão provavelmente permaneceu no local da diligência de busca e apreensão havida na data de hoje, que alcançou inclusive o gabinete do ex-presidente, razão porque lá foi apreendido”, acrescentaram.

Em nota, a defesa também criticou a medida, determinada por Alexandre de Moraes, que apreendeu o aporte do ex-presidente. Segundo eles, a determinação foi “absolutamente desnecessária”.

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