Bebê prematura recebe órtese personalizada feita com impressora 3D em Campo Grande 4m3k5g

Com apenas 13 dias de vida, uma bebê prematura internada na UTI neonatal do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) acaba de receber uma órtese personalizada. A criança, que nasceu com os pezinhos voltados para dentro, precisa do e para que, no futuro, possa andar normalmente. A órtese é feita sob medida, com um material chamado PLA, e um composto de fibra de milho atóxico, indicado para esse tipo de tratamento. A neném nasceu com 1.200 gramas e permanece internada para ganhar peso e ir para casa.

A medica Marina Sassioto, chefe da ortopedia do hospital, integra o grupo de profissionais responsáveis por ajudar a bebê. Ela explica o caso clínico da criança e como a órtese funciona.

“A gente recebeu essa criança há treze dias, com uma deformidade congênita de nascimento nas perninhas, e optamos por iniciar o tratamento. Nesse caso em especial é uma criança que nasceu sem um dos ossinhos da perna, a tíbia. E isso faz com que o pé fique tortinho pra dentro. A colocação dessa órtese consegue posicionar o pezinho para que não tenha encurtamento e evite outras cirurgias futuras pelas complicações da postura viciosa que esse membro fica”, conta em entrevista ao portal.

Dra. Marina Sassioto explica como funciona a órtese utilizada no bebê (Foto: Divulgação)
Dra. Marina Sassioto explica como funciona a órtese utilizada no bebê (Foto: Rafael Tadashi/Assessoria HU)

“Com o crescimento, essas órteses terão que ser mudadas de acordo com o tamanho da criança. Então esse é um custo importante na parte particular, podendo chegar até R$ 1.500. A partir do momento que a gente consegue produzir isso na impressora 3D, sob medida, é feito certinho para a criança, que consegue iniciar o tratamento durante a internação”, explica Marina Sassioto.

Não é possível precisar quanto tempo a bebê vai usar a órtese, porque pode variar entre meses e anos. Tudo vai depender da evolução do quadro, segundo explicou a médica.

A bebê nasceu prematura e sem um dos ossos da perna; com o tratamento, dependendo da evolução, ela pode não precisar de cirurgias futuramente (Vídeo: Rafael Tadashi/Assessoria HU)

Daniel Dittmar, engenheiro clínico responsável pelo caso, fala sobre o processo de fabricação do produto, da importância de isso ser feito no próprio hospital, e sobre os custos da órtese criada para um bebê de apenas 32,5 cm.

“A vantagem de se fazer esse tipo de órtese no HU (Hospital Universitário) é que a gente consegue modelar de acordo com as necessidades do paciente. O tempo de impressão de uma órtese dessas é em torno de 40 min/1h. A modelagem demorou um pouco mais, foi em torno de dois dias, porque primeiro fizemos um protótipo para ser validado. E, depois de validado o protótipo, a gente fez as correções para ser aplicado no paciente”, explica.

Daniel Dittmar, engenheiro clínico responsável pelo caso, fala sobre o processo de fabricação da órtese (Foto: Rafael Tadashi/Assessoria HU)
Daniel Dittmar, engenheiro clínico responsável pelo caso, fala sobre o processo de fabricação da órtese (Foto: Rafael Tadashi/Assessoria HU)

“O custo é bem barato, porque é um paciente neonato. Gira em torno de um R$ 1 para fazer cada um dos pezinhos, então é um custo bem baixo para um ganho bastante significativo”, finaliza.

Nas redes sociais do hospital, quem viu a publicação sobre o procedimento desejou uma ótima recuperação para a bebê e que a família esteja reunida em breve!

Nas redes sociais do hospital, pessoas desejam melhoras para a bebê e elogiam a ação da equipe (Foto: Reprodução/Instagram)
Nas redes sociais do hospital, pessoas desejam melhoras para a bebê e elogiam a ação da equipe (Foto: Reprodução/Instagram)

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