Fumacê volta a circular e reforça combate à dengue em Campo Grande 4r4l5q

O carro do fumacê começa a ar pelas ruas às 16h e têm previsão de término às 22h 462b5u

Com o verão a todo o vapor e a possibilidade das chuvas se intensificarem ao longo da estação, segue o alerta de combate ao mosquito causador da dengue, o Aedes aegypti, em Campo Grande.

Nesta quarta-feira (7), o fumacê voltou a circular em Campo Grande, nos bairros com maior incidência da dengue na capital. O serviço de combate ao mosquito estava suspenso há quase um ano.

Estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti, fumacê começa a circular pelas ruas de Campo Grande (Foto: Edmar Melo)
Estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti, fumacê começa a circular pelas ruas de Campo Grande (Foto: Edmar Melo)

Além do fumacê, neste ano, também serão intensificadas as ações de manejo e visitação domiciliar nas regiões com alta incidência da doença. Até então, a aplicação do inseticida estava sendo feita somente com uso de bombas costais em ações pontuais.

O coordenador da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores, Vagner Ricardo Santos, explica que para uma maior eficácia do inseticida, é necessário que o morador abra portas e janelas, assim o veneno consegue atingir os locais onde há maior probabilidade de estarem os mosquitos.

“O inseticida atinge os mosquitos adultos, preferencialmente as fêmeas, que são as transmissoras das doenças. Ainda assim é possível que outras espécies sejam atingidas e, por isso, é necessária uma aplicação criteriosa do veneno”.

Vagner Ricardo Santos.

O representante lembra que o método do fumacê é complementar, e por isso a importância da população manter os cuidados para evitar a proliferação do mosquito.

“É importante que a população colabore não deixando água parada, evitando assim que os mosquitos se proliferem. Os nossos levantamentos apontam que 80% dos focos estão dentro das casas e em materiais inservíveis íveis de serem descartados no lixo comum, como vasilhas, baldes e pequenos reservatórios, por exemplo”.

Vagner Ricardo Santos.

O carro do fumacê começa a ar pelas ruas às 16h e têm previsão de término às 22h.

Resistente e perigoso 3k344w

Também transmissor da zika e chikungunya, o “Aedes” tem se adaptado ao longo do tempo e se tornando cada vez mais resistente. Professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o entomologista Antônio Pancraceo, especialista em insetos, explica que o aedes aegpty tem uma grande capacidade de adaptação.

“Ele pode se desenvolver até em uma fossa. Obviamente, o número de descendentes dentro de uma fossa é muito menor do que uma água mais limpa. Mas ele é capaz de explorar esses ambientes também”.

Antônio Pancraceo.

Até o uso de luzes artificiais fez com que a espécie mudasse os hábitos de transmissão, explica o professor.

“Antigamente a gente fala ‘o mosquito só pica durante o dia e de tardezinha’. Mas o mosquito também pode picar durante a noite, devido à lâmpada fluorescente. Se ela está acesa, o mosquito – pelo seu instinto – vai entender que é dia. E se essa fêmea tiver a necessidade de fazer o ree sanguíneo, ela vai picar alguém próximo e pode transmitir a doença”.

Antônio Pancraceo.

Tais situações reforçam que o único caminho para impedir o avanço da dengue é acabando com os locais com água parada onde o mosquito pode se reproduzir. O mesmo alerta também vale para o poder público.

Alerta 4r6nx

Do dia 1° de janeiro a 6 de fevereiro deste ano, foram notificados 816 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento não houve a notificação de nenhum caso de zika e apenas 1 chikungunya.

Em todo o ano ado, a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.

Campo Grande fechou o segundo semestre apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados.

Mosquito Aedes aegypti também se reproduz em água suja (Foto: Itamar Silva)
Mosquito Aedes aegypti também se reproduz em água suja (Foto: Itamar Silva)

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Comentários (1) 1my5l

  • Roberto Acosta

    Um parceiro importante no controle da dengue é o Agente de Controle de Endemias (ACE), também denominado de Agente de Vigilância Ambiental, de Zoonoses, entre outros.
    Este profissional é responsável pela eliminação de criadouros de difícil o, como caixas d’água, ou pelo uso de larvicidas (biológicos ou químicos).

    Porém, os ACS, em.nossa capital estão, em sua maioria, s à atividades básicas. Na região das moreninhas, a maioria das residências, estão mais de 8 meses sem uma visita ou inspeção sanitária sequer.

    Há casos em que enfermos e idosos acamados e com outras dificuldades, dependem de terceiros para agendar consultas e outros serviços que deveriam ser atribuições dos ACS E ACE.
    Questiono.
    Onde estão os profissionais da rede pública de saúde com estas atribuições?

    Onde estão as equipes e viaturas de disseminação do “fumacê” em combate aos vetores da dengue e Chikungunya?

    Qual a justificativa para a paralisação da dispersão e combate do vetores por ano,conforme informado pelo ente público?

    Onde estão as verbas de combate as endemias e outras formas de combate e controle destes vetores?

    Onde estão os agentes públicos concursados e contratados para exercício destas atividades?

    Enfim, são muitas as interrogações, poucas explicações do ente gestor da área de saúde e, a população a mercê de uma nova pandemia.

    Já ou a hora dos gestores públicos, nas três esferas do Estado, respeitarem e aplicarem de forma eficaz nossos impostos e RESPEITAREM o cargo que ocupam, honrando e aplicando cada centavo auferido dos contribuintes de forma correta, objetiva e TRANSPARENTE?

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