Saúde Mental 1z291r

Relacionamento Tóxico - É melhor viver sozinho ou acompanhado? 5d3k1l

Eis uma pergunta para a qual existem duas respostas corretas; quer saber mais? Leia a nova edição da coluna Saúde Mental 3s152g

É melhor vivermos acompanhados ou nos bastamos e devemos seguir sozinhos? Eis uma pergunta para a qual existem duas respostas corretas. A primeira é que precisamos nos conectar ao outro; confiar e ser confiáveis; compartilhar alegrias e tristezas dentro da intimidade; dividir angústias e prazeres; somar conquistas; viver o interesse e o amor pelo outro; sofrer com o outro a desilusão de um término; comemorar a vida do outro e chorar sua morte; entrelaçar as mãos, abraçar, beijar, desfrutar da volúpia da carne, elevando-a ao prazer da alma.

Casal de mãos dadas (Foto: Liniker Ribeiro)
Casal de mãos dadas (Foto: Liniker Ribeiro)

A segunda é que sozinhos, nossas angústias são apenas nossas e não somadas a do outro; nossas vidas são destituídas de qualquer controle do outro; não precisamos compartilhar alegrias e tristezas, mas também não deixamos de vivê-las, assim como o prazer da carne.  

A escolha do modo de vida depende da personalidade de cada um e das oportunidades que am diante de nós. Ser de um jeito ou de outro porque se quer ser assim encontra sintonia na vida de alguém, porém quando este não é o desejo da pessoa, o sofrimento pode vir a fazer parte de sua vida. Quando alguém vive só, ou seja, desacompanhado, pode ser feliz ou sofrer por essa condição. Todavia quando vive acompanhado o relacionamento pode ser bom ou normal, com altos e baixos, por toda a vida, ou ruim, até mesmo desagradável.  

Quando o relacionamento entre duas pessoas chega a este grau negativo de inabilidade podemos estar diante de um relacionamento tóxico, quando um tenta anular o outro, uma relação na qual impera o desrespeito, com ciúmes excessivos, afastando o outro de antigos amigos e até mesmo de familiares. Não há necessariamente violência física, mas sempre existe violência moral e psicológica. Apenas um cresce e exige que seu crescimento seja ovacionado e amplamente divulgado pelo outro, sem qualquer direito que dele participe, a não ser como mero divulgador de seu êxito real ou apenas imaginado.  

As mágoas da pessoa inferiorizada nascem e crescem dia a dia, deixando cada vez mais cicatrizes, algumas extremamente profundas. Mesmo assim, muitas vezes, não são suficientes para o desfazimento da relação, que permanece, seja por dependência econômica ou psicológica, por medo do outro, por aspectos religiosos, por respeito aos filhos, ou outros motivos. Não existe parceria equilibrada dentro de um relacionamento tóxico, não há troca, não existe o dar e receber. Aquele que sofre é quem se permite a esse sofrimento porque não consegue agir contra os ditames do outro e aquele que faz sofrer é quem manipula o outro, que mantém uma conduta narcisista de superioridade e exerce sobre o outro todo tipo de violência, seja ela psicológica ou, até mesmo, física.  

Na relação tóxica a dois, há um ser inteiro e forte, imponente sobre um pedestal e outro completamente destruído aos seus pés, sem força para levantar-se e dar-lhe as costas. São inúmeros os relacionamentos assim. Felizmente, muitos terminam porque em indeterminado momento da vida uma força maior surge dentro da pessoa, que é vítima dessa relação, conseguindo interrompê-la ou mudar por completo (isso é bem mais difícil) o comportamento do parceiro tóxico. Infelizmente, em grande número dos casos, o relacionamento tóxico persiste até que a morte os separe.  

Os danos à saúde mental da pessoa abusada física ou psicologicamente dentro de uma relação tóxica podem ser grandes e variáveis, como baixa autoestima, isolamento social, ansiedade, depressão, estresse agudo e pós-traumático. Ajudas psicológica e psiquiátrica quase sempre são necessárias, mas, infelizmente, poucas vezes são procuradas. Há necessidade de mais orientação à sociedade a respeito de relacionamentos tóxicos e sadios.  

Respondendo melhor à pergunta do início deste assunto, digo que, salvo engano, é muito bom ter alguém ao seu lado, porém, em alguns casos, antes só do que mal acompanhado. 

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Saúde Mental, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

Comentários (2) 1l1g6w

  • Edson da Costa Araújo

    O relacionamento conjugal é uma dádiva Divina!
    Os candidatos tem que seguir as normas estabelecidas por Deus;
    Do contrário é só fracasso e destruição!

  • Brígida Godoy

    Melhor viver sozinha do que mal acompanhada,pois quem é agressivo não muda e muitas vezes o destino da pessoa é ser assassinada

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