Automutilação e apologia ao nazismo: operação cumpre mandados em 12 estados c2qv

Nessas redes, o grupo disseminava conteúdos de violência extrema, realizava coação psicológica e expunha publicamente vítimas — em sua maioria adolescentes — causando sérios danos emocionais. 3v3w3n

Uma operação nacional está sendo realizanda nesta terça-feira (27) em 12 estados brasileiros para enfrentar crimes digitais de alta gravidade que atingem diretamente crianças e adolescentes.

Batizada de Operação Mão de Ferro 2, a ação é parte de um esforço conjunto para desarticular redes organizadas que atuam no ambiente digital promovendo crimes como indução à automutilação e suicídio, perseguição virtual (stalking), ameaças, pornografia infantil, apologia ao nazismo e invasões de sistemas informatizados.

Batizada de Operação Mão de Ferro 2, a ação mira grupo que incentivava violência digital entre crianças e adolescentes. (Foto: PJC)
Batizada de Operação Mão de Ferro 2, a ação mira grupo que incentivava violência digital entre crianças e adolescentes. (Foto: PJC)

A operação é coordenada pela Polícia Civil dos estados, com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Ao todo, são cumpridos 22 mandados judiciais, incluindo buscas, apreensões, prisões temporárias e medidas socioeducativas.

Operação acontece em 12 estados brasileiros 425f3o

Os mandados estão sendo cumpridos nos seguintes estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.

As ações ocorrem em diversas cidades, como Manaus (AM), Fortaleza (CE), Sete Lagoas (MG), Sinop e Rondonópolis (MT), Marabá (PA), São Paulo e Guarulhos (SP), entre outras. As ordens judiciais incluem tanto adolescentes quanto adultos envolvidos nas práticas criminosas.

Em Mato Grosso, por exemplo, foram cumpridos três mandados contra dois adolescentes. Um deles, em Rondonópolis, é apontado como líder do grupo e já havia sido identificado em fases anteriores da investigação.

Redes articuladas operavam em plataformas digitais 1o265h

As investigações, conduzidas por delegacias especializadas em crimes cibernéticos, identificaram uma rede articulada que operava principalmente em plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord.

Nessas redes, os envolvidos disseminavam conteúdos de violência extrema, realizavam coação psicológica e expunham publicamente vítimas — em sua maioria adolescentes — causando sérios danos emocionais.

A integração entre as forças estaduais e o Governo Federal foi essencial para o avanço das investigações.

Para Rodney Silva, diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, a operação representa uma resposta forte e coordenada ao uso criminoso da internet para atacar populações vulneráveis.

Possíveis crimes e penas 145q1a

Os investigados poderão responder por diversos crimes previstos no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), entre eles:

  • Indução à automutilação e ao suicídio (pena de até 6 anos, dobrada se a vítima for menor)
  • Perseguição virtual (stalking) (pena de até 2 anos, aumentada para crimes contra crianças)
  • Ameaças (pena de até 6 meses)
  • Pornografia infantil (até 6 anos de reclusão por compartilhamento)
  • Apologia ao nazismo (pena de até 5 anos)
  • Invasão de sistemas informatizados (pena de 1 a 4 anos)

As penas, somadas, podem ultraar 20 anos de reclusão, além de aplicação de multas.

Denúncias podem ser feitas anonimamente 484x71

As autoridades reforçam a importância da denúncia anônima, especialmente quando se trata de crimes que envolvem menores. Canais como o Disque 197 ou os sites oficiais das Polícias Civis estão disponíveis para receber informações que possam contribuir com as investigações.

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