Casa de advogado preso pelo Gaeco escondia arsenal em Iguatemi 582z33

Irmão, cunhada, esposa e duas sócias do advogado estavam na lista de alvos da operação Arnaque com prisão preventiva decretada 2i1t72

A Operação Arnaque levou para a prisão parte da família do advogado Luiz Fernando Cardoso Ramos e ainda encontrou um arsenal na casa dele em Iguatemi – cidade a 394 quilômetros de Campo Grande. Além disso, o irmão, a cunhada, a esposa e as duas sócias estavam na lista de alvos com prisão preventiva da ação realizada nessa quarta-feira (5) em Mato Grosso do Sul e outros 8 estados.

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Luiz em frente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (Foto: Redes Sociais)

Luiz foi preso no Piauí, mas a casa em que ele mora aqui no estado também foi um dos alvos de busca e apreensão. Nas primeiras horas do dia, as equipes do Batalhão de Choque e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) foram ao endereço.

Além de procurar provas do esquema liderado por Luiz, as equipes foram a cidade para prender a esposa dele, Gislaine Dias Camargo Ramos, a Gisa. Detalhes do envolvimento dela ainda não foram revelados, mas segundo o Gaeco, ela é acusada de “integrar organização criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso”.

Enquanto ela era detida, os policiais encontraram um verdadeiro arsenal de guerra na residência – foram 29 carregadores de pistola, 9.142 munições de diversos calibres e 15 armas de fogo:

Duas espingardas – uma calibre .38 e outra 12 – dois fuzis – um calibre .222 com luneta e outro calibre .308 – cinco pistolas – calibres 380, 22, 6,35 e duas 9 mm – dois revólveres calibres 38 e 44, três carabinas – uma com luneta e outras duas calibres 9mm e .40 – e um rifle calibre 22.

Depois da prisão de Gislaine, a defesa dela entrou com pedido para que a prisão se tornasse domiciliar. A alegação é de que os filhos do casal – de 7 e 4 anos – ficaram sem o pai e a mãe. Os promotores do Ministério Público concordaram com a advogada Adrygeise Costa, mas sugeriram ao juiz que a mulher seja monitorada por tornozeleira eletrônica.

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Não foi só o casal que teve a casa visitada pela polícia. O irmão de Luiz, Thiago Cardoso Ramos e a esposa dele, Evelym Almeida Barbosa, também foram alvos de prisão preventiva por envolvimento no esquema criminoso.

Quando recebeu as equipes policiais, Thiago contou que guardava um revólver calibre 38 e que ainda não tinha registro dela. A arma foi encontrada embaixo do colchão da cama do casal, por isso, além do mandado de prisão, ele acabou preso em flagrante por posse ilegal de arma.

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Nathália, Luiz e Iolanda em fotos publicadas no site oficial do escritório

A casa das duas sócias de Luiz Fernando Cardoso Ramos – Iolanda Michelsen Pereira e Nathália Michelsen Pereira – também foram alvos de busca e apreensão.

Um quinto endereço em Iguatemi foi visitado pelas equipes: a residência da servidora municipal LuanaVenturini Militiz. Ela foi presa preventivamente por ordem judicial expedida nas investigações da Arnaque e o marido dela, um soldado de Exército Brasileiro, acabou detido por guardar um revólver calibre 38 sem autorização.

Ele contou que a arma era do seu padrasto e que recebeu de herança quando ele morreu, em 2021. Todo o procedimento foi acompanhado pelo Exército.

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O esquema criminoso 6i151h

De acordo com o Gaeco, o esquema criminoso é liderado por dois grupos que, juntos, movimentaram mais de R$ 190 milhões. O MPMS aponta que idosos, deficientes e indígenas eram os principais atingidos pelos golpistas.

Os advogados faziam o trabalha de persuadí-los até que obtivessem procurações que usavam como carta branca para judicializar os casos, além de executarem empréstimos.

Luiz Fernando é conhecido justamente pela prática que se tornou alvo da operação: muitas ações ingressadas contra um mesmo banco ou empresa de grande porte, porém com nomes de consumidores diferentes.

Os clientes, no entanto, sequer sabiam das ações indenizatórias. Quando a sentença favorável ocorria, o advogado não a reava os valores aos supostos prejudicados, ficando com o montante para si.

Ao todo, a investigação identificou mais de 70 mil demandas judiciais sob responsabilidade dos grupos criminosos em todo o país. Somente no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) foram mais de 40 mil ações do advogado. Cerca de 10% dos casos terminavam com procedência; quando não são feitos acordos em massa com instituições financeiras.

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