Crime por R$ 200 mil: PM confessa contratação para matar advogado e é indiciado com caseiro 4dj6a

Casal de empresários teria pago R$ 200 mil para execução; crime começou a ser planejado três meses antes, segundo a polícia 6f2i3d

O policial militar Heron Teixeira Pena Vieira e o caseiro dele, Alex Roberto de Queiroz Silva, foram indiciados na sexta-feira (9) por homicídio duplamente qualificado no caso do assassinato do advogado Renato Nery, executado a tiros em julho de 2024, em Cuiabá.

De acordo com a Polícia Civil, Heron confessou que foi contratado para matar Renato e o crime teria sido encomendado por R$ 200 mil, sendo que Heron teria recebido R$ 150 mil.

O valor, segundo a investigação, teria sido pago pelos empresários Julinere Goulart Bastos e César Jorge Sechi, apontados como os mandantes.

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Policial militar Heron Teixeira Pena Vieira está preso (Foto: Reprodução)

Heron começou a planejar a ação ainda em abril de 2024, quando alugou uma chácara usada como base para o crime. O caseiro do local, Alex, foi o executor — ele aparece em imagens de câmeras de segurança fugindo de motocicleta após atirar contra Renato na porta do escritório, na Avenida Fernando Corrêa da Costa.

Com esses novos indiciamentos, o número de pessoas presas chega a dez. Embora o inquérito principal tenha sido concluído, a polícia segue com uma investigação complementar para apurar a possível participação de outros envolvidos.

Advogado Renato Nery foi alvo de atentado e morreu em julho na capital. (Foto: Reprodução)(Foto: Reprodução)
Advogado Renato Nery foi alvo de atentado (Foto: Reprodução)

Renato temia perder terras 3p1z40

Segundo relatos de pessoas próximas à polícia, Renato Nery não temia ser morto, mas sim perder as terras que estavam em disputa judicial. Ele tentava transferir parte das propriedades para o nome das filhas, num esforço de protegê-las diante das ameaças que vinha recebendo.

Renato foi baleado na manhã de 6 de julho do ano ado, ao chegar ao escritório onde trabalhava, em Cuiabá. Foi socorrido com vida, ou por cirurgia, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.

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Empresários Julinere Bastos e César Sechi, foram presos – Foto: Arquivo pessoal

Empresários são suspeitos de serem os mandantes 6m5j24

Os empresários Julinere Bastos e César Sechi, moradores de Primavera do Leste, foram presos temporariamente também na sexta-feira (9), na terceira fase da operação que investiga o caso. Ambos já haviam sido alvo de buscas em novembro e vinham cumprindo medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica. A Polícia Civil sustenta que eles encomendaram a morte do advogado por conta de um litígio envolvendo terras de alto valor.

PMs envolvidos no acobertamento do crime 5c1m50

Além de Heron, outros dois policiais militares estão presos por participação direta no assassinato. Dois ex-integrantes da Rotam são investigados por fornecer a arma usada no crime. A munição encontrada no corpo de Renato pertencia à corporação, e a polícia apura como esse material chegou aos autores.

Outros quatro policiais foram indiciados por fraude processual, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma. Eles são suspeitos de simular um confronto armado para tentar desviar o foco da investigação.

Três policiais militares são apontados como intermediadores no crime: o cabo Jackson Pereira Barbosa, que teria entregado parte do valor combinado; o PM Ícaro Nathan Ferreira, responsável por rear dinheiro e a arma utilizada na execução; e o próprio Heron, que organizou a ação e contratou Alex para atirar.

De acordo com a investigação, o assassinato foi encomendado pelo casal de empresários, que teriam oferecido R$ 200 mil pelo crime — valor parcialmente confirmado por Heron, que afirmou ter recebido R$ 150 mil.

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Ao todo, 10 pessoas foram presas e são investigados pelo crime. Alex Roberto de Queiroz Silva como o executor dos disparos. No papel de intermediários, os policiais militares Heron Teixeira Pena Vieira, Jackson Pereira Barbosa e Ícaro Nathan Ferreira.

A motivação do crime, segundo a investigação, reside em uma disputa de terras, tendo como mandantes o empresário Cesar Jorge Sechi e sua esposa, a empresária Julinere Goulart Bastos.

Outros quatro policiais militares estão presos: Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins. Estes policiais são investigados por suspeita de terem simulado um confronto policial com o intuito de ocultar a arma utilizada no crime, configurando tentativa de obstrução da justiça.

Apurações continuam 5tt12

Apesar de o inquérito principal ter sido finalizado, a Delegacia de Homicídios segue com diligências para esclarecer o envolvimento de outros possíveis mandantes, intermediários e financiadores. A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), da qual Renato foi presidente, acompanha de perto a apuração e cobra punição exemplar aos envolvidos.

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