Juíza determina proteção à família de grávida morta em Cuiabá 1k2u2c

A Justiça também proibiu aproximação dos investigados pela morte de Emelly Azevedo Sena, 16 anos 721j5t

Ana Paula Meridiane Peixoto de Azevedo, mãe de Emelly Azevedo Sena, de 16 anos — assassinada brutalmente após ter o bebê retirado do ventre — obteve na Justiça medidas protetivas de urgência para si e para a neta, Lyara, resgatada com vida após o crime.

A decisão determina que os investigados não se aproximem nem mantenham contato com a criança ou seus familiares.

Emelly
Emelly teve uma menina de nome Lyara. (Foto: Reprodução)

A advogada da família, Joseilde Soares Caldeira, confirmou a concessão da medida e reforçou que o caso segue em segredo de Justiça.

A ordem foi expedida pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO), enquanto a Polícia Civil dá continuidade às investigações para esclarecer todos os detalhes do homicídio que chocou o país.

Enquanto os procedimentos avançam, a família luta por justiça e proteção à recém-nascida que sobreviveu à violência.

Desaparecimento 5h655c

Emelly desapareceu em 12 de março, após sair de casa, em Várzea Grande, com destino a Cuiabá, onde buscaria roupas doadas para a bebê. No fim da tarde do mesmo dia, um casal procurou o Hospital Santa Helena solicitando uma declaração de nascimento, alegando que o parto havia ocorrido em casa.

Diante da recusa inicial da mulher em ar por exames e da ausência de sinais de parto recente, como produção de leite materno, a equipe médica acionou as autoridades.

Leia mais: grávida de 9 meses desaparece e casal é preso ao tentar registrar bebê em Cuiabá

Os médicos solicitaram exames da suposta mãe, que inicialmente recusou, levantando suspeitas. Após insistência, ela realizou os procedimentos, que constataram a ausência de sinais de parto recente, como a produção de leite materno.

O casal foi conduzido à Central de Flagrantes, enquanto a criança permaneceu sob cuidados médicos.

Imagens das câmeras de segurança do hospital às quais o Primeira Página teve o mostram o momento que Nataly chegou a unidade com a criança para tentar fazer o registro no mesmo dia em que havia cometido o crime.

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A localização do corpo  68554u

Na delegacia, os policiais interrogaram o casal e a mulher reafirmou que o parto ocorreu com ela sozinha, na casa do irmão.

Desconfiados, os policiais se dirigiram à casa indicada pela mulher, no bairro Jardim Florianópolis. Nos fundos da propriedade, encontraram o corpo de Emelly enterrado em uma cova rasa, com as pernas expostas e o abdômen aberto.

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Foto: reprodução

Suspeitos e primeiras prisões 5q4a1b

Nataly e o marido foram os primeiros detidos, quando estiveram no hospital, apontados como responsáveis pela morte.

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Nataly Helen foi presa por matar adolescente grávida de 16 anos para roubar bebê. (Foto: redes sociais)

Na manhã de quarta-feira, antes da prisão, o marido havia publicado a foto de um bebê em uma rede social, o que levantou fortes suspeitas de seu envolvimento no crime.

Na residência onde o corpo de Emelly foi encontrado, o irmão de Nataly e o cunhado da autora foram presos. Os dois haviam limpado o sangue espalhado pela casa após a acusada informá-los sobre o falso parto natural.

Nataly também usou do sangue de Emelly para fingir que era do parto dela.

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Modus operandi  6u6a48

Nataly tinha engravidado, mas perdeu a criança em setembro de 2024. No entanto, ela manteve a falsa gravidez. Nas redes sociais, ela compartilhou diversos registros do período que esteve gestante, como o chá de revelação do sexo da criança.

Para manter a falsa gravidez, Nataly começou a procurar mulheres grávidas que desejassem doar o bebê após o parto. Vídeos encaminhados à TV Centro América mostram uma dessas tentativas.

Tentativa Hellen 2

Leia mais: mulher que matou adolescente para roubar bebê procurava grávidas na internet

Por não conseguir encontrar alguém que quisesse doar a criança, Nataly chegou até Emelly por meio de grupos de mensagens na internet com a promessa de doar roupas.

Nataly pagou uma corrida de aplicativo para Emelly ir até sua casa, no Jardim Florianópolis. Lá, ela matou a adolescente.

Depoimentos e detalhes do crime 5r184e

Além dos quatro detidos, outros familiares e amigos, tanto da vítima quanto da suspeita, foram levados à delegacia para prestar depoimento.

O pai de Nathaly afirmou que a filha agiu sozinha, embora tenha envolvido familiares após o crime.

Em seu depoimento, Nataly confessou ter assassinado Emelly por conta própria. Ela atraiu a adolescente com a falsa promessa de doar roupas para o bebê que estava prestes a nascer. Sem demonstrar arrependimento, descreveu com detalhes como cometeu o crime.

gravida nataly adolescente morte assassina

Segundo o depoimento, a mulher atacou a jovem pelas costas, aplicando um golpe conhecido como “mata-leão” enquanto ela estava sentada em uma cadeira.

Com Emelly desacordada, Nataly usou um fio de internet para amarrá-la e arrastou a vítima até um quarto, onde iniciou a retirada do bebê. A suspeita afirma que acordou a jovem e disse que “iria cuidar da criança”.

A criança foi arrancada de Emelly enquanto ela ainda apresentava sinais vitais.

Leia mais: sem demonstrar arrependimento, mulher detalha como matou adolescente grávida em Cuiabá

Velório e repercussão 1e5y5o

O velório de Emelly ocorreu na manhã de sexta-feira (14), na Funerária Capelas Jardins, em Cuiabá. Tristeza e revolta marcou o último adeus à jovem.

Família, amigos e colegas carregavam cartazes com frases pedindo justiça.

Justiça 576j2f

A Justiça de Mato Grosso tornou ré Nataly Helen Martins Pereira. Agora, a defesa de Nataly tem 10 dias para se manifestar que começou a ser contado desde o dia 27 de março.

Leia mais: Bebê nasceu sem respirar e foi reanimada por mulher que matou a mãe dela em Cuiabá

Na denúncia, o Ministério Público relatou que, mesmo com a vítima ainda apresentando sinais vitais, Nataly realizou uma cesárea improvisada, sem anestesia ou qualquer assistência médica, submetendo Emelly a um sofrimento físico extremo e desproporcional.

O promotor de Justiça responsável pelo caso classificou o crime como feminicídio, destacando o desprezo de Nataly pela condição feminina da vítima. Para ele, Emelly foi tratada como um mero “recipiente” para o bebê desejado pela acusada, revelando total desrespeito à sua integridade física e autonomia.

A denúncia também aponta que Nataly monitorou a gravidez de Emelly por meses, mantendo contato com o único objetivo de se apropriar da criança. Após o crime, ela teria limpado o local, enviado mensagens falsas à família da vítima usando seu celular e até falsificado um exame de gravidez para sustentar a farsa.

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