Polícia faz operação contra furto e adulteração de cargas no principal terminal ferroviário de MT 3q24g

A Polícia Civil faz uma operação nesta quinta-feira (28) contra um grupo suspeito de furtar e adulterar cargas de soja, farelo de soja e milho, usando areia no lugar dos grãos, no terminal ferroviário de Rondonópolis. O local é o principal polo de infraestrutura logística de Mato Grosso, onde é escoada boa parte da safra do estado, tendo como principal destino a China.

Operação Grão de Areia
Polícia Civil faz operação na região Sul de MT nesta quinta-feira. (Foto: Polícia Civil)

Ao todo, a polícia busca cumprir 88 ordens judiciais em Rondonópolis, Pedra Preta, Diamantino e Cuiabá. São 25 mandados de prisão preventiva, 32 de busca e apreensão domiciliar e 31 ordens de sequestro de bens.

A quadrilha estaria atuando em Rondonópolis desde 2020, e teria a participação de oito empresários, nove motoristas de caminhão, seis funcionários do terminal ferroviário e outras sete outras pessoas que seriam responsáveis pelo agenciamento, contabilidade e venda das cargas desviadas.

Para cometer os crimes, foram abertas empresas do ramo de transporte e comércio de grãos a fim de dar aparência de legalidade ao transporte, adulteração das cargas e venda da mercadoria desviada. Ao menos oito empresas estariam envolvidas no esquema.

Conforme as investigações, teriam sido desviadas cerca de 9 mil toneladas de soja e farelo de soja somente entre janeiro e março de 2022, com valor estimado de R$ 22,5 milhões.

Operação Grão de Areia
Operação Grão de Areia cumpre ordens contra fraude em cargas de grãos em MT. (Foto: Polícia Civil)

A organização criminosa é suspeita de furto qualificado, estelionato e fraude na entrega de cargas. A investigação é da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) de Rondonópolis e GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado).

sete outras pessoas, responsáveis pelo agenciamento, contabilidade e comércio das cargas desviadas.

Início da investigação

A operação tem origem na terceira fase de investigação iniciada pela Derf de Rondonópolis em março de 2021, quando 10 pessoas foram presas por receptação, roubo e adulteração de cargas de soja, farelo de soja e milho.

O grupo foi surpreendido com uma carga de farelo de soja avaliada em mais de R$ 130 mil. A polícia constatou que o grupo pretendia transformar a carga roubada em diversas outras, adulteradas, que seriam entregues no terminal de cargas ferroviário de Rondonópolis.

Modo de ação

De acordo com a polícia, o farelo de soja era carregado em uma empresa em Primavera do Leste, com destino ao terminal de cargas em Rondonópolis. Então, era feita a clonagem de outro caminhão com mercadoria adulterada nas empresas da organização criminosa.

O caminhão clonado entrava no pátio da empresa, com a conivência de funcionários envolvidos no esquema, e descarregava a mercadoria adulterada. O caminhão com a carga sem adulteração retornava para empresa do investigado, onde era descarregado e depois a carga era vendida com preço abaixo do mercado. Com isso, o lucro aproximado era de R$ 100 mil por carga desviada.

A quadrilha, já com foco nos produtos soja a granel e farelo de soja, aliciava os motoristas de caminhão e as cargas sem adulteração, vindas de todo o estado, eram levadas até a empresas dos investigados. Lá, eram adulteradas com areia para depois serem entregues no terminal ferroviário.

A polícia afirma que a a organização criminosa oferecia dinheiro para que funcionários da empresa vítima colaborassem no esquema, e ameaçava de morte quem não quisesse participar.

Operação Grão de Areia
Policiais civis cumprem buscas em operação contra crimes em terminal ferroviário. (Foto: Polícia Civil)

O delegado da Derf Rondonópolis, Santiago Rozendo Sanches, diz que os criminosos se aproveitavam da grande quantidade de grãos transportados pelo terminal de cargas, uma média de mil caminhões por dia, para cometer os delitos.

Segundo o delegado titular da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, as investigações seguem em andamento para apurar a responsabilidade dos receptadores e possíveis lavagem de dinheiro e crimes tributários.

Nome da operação

A operação recebeu esse nome porque a areia era o principal material usado para adulterar as cargas.

De acordo com a polícia, o líder do grupo comprou, em três meses, areia suficiente para construir um prédio de 30 andares, mesmo não atuando no ramo da construção civil.

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