Presídios de MT têm visitas íntimas restritas e mercadinhos banidos 173vi

A justificativa do governo para vetar os mercadinhos é que os estabelecimentos poderiam ser explorados por facções criminosas, fortalecendo o crime organizado. xp5s

O governo de Mato Grosso sancionou e publicou nesta terça-feira (21), no Diário Oficial, a Lei nº 12.792, que estabelece regras mais rígidas para o funcionamento do sistema prisional no Estado. A nova legislação inclui medidas de segurança, regulamenta visitas, proíbe o uso de celulares e define normas disciplinares para detentos.

Preso morre na Penitenciária Central do Estado em Cuiabá
PCE (Foto: Ilustrativa | Divulgação – GOV MT)

Além disso, o governador Mauro Mendes vetou parcialmente o texto ao rejeitar a proposta que permitia a criação de comércios dentro das unidades penais.

O governo já havia se manifestado contra a criação de comércios dentro das unidades penais, mas, durante a tramitação do projeto na Assembleia Legislativa, foi incluída uma emenda que previa a instalação de mercadinhos para atender os detentos.

A proposta vinha sendo defendida pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, como uma forma de complementar o atendimento aos presos. Contudo, o governador Mauro Mendes argumentou que o Estado já oferece toda a assistência necessária aos detentos, como alimentação, vestuário e higiene, e que a criação de comércios internos seria desnecessária e prejudicial.

Segundo o governo, esses estabelecimentos, anteriormente controlados de maneira ilegal, serviam como fonte de renda para facções criminosas. Eles alimentavam atividades ilícitas como lavagem de dinheiro e tráfico de influência dentro dos presídios, fortalecendo o poder dessas organizações.

Para o governo, a proibição de comércios internos é uma medida essencial para combater a criminalidade e evitar que o sistema prisional seja usado como ferramenta de controle econômico e social pelas facções.

Entre os destaques estão os raios de segurança máxima, destinados a presos de alta periculosidade, e a fiscalização mais rígida contra a entrada de aparelhos celulares e outros dispositivos eletrônicos, considerados instrumentos de comunicação que facilitam crimes.

A legislação também reforça o controle sobre visitas, com regras que exigem pré-cadastro e comprovação de vínculo para visitas íntimas, além de proibir revistas vexatórias. Para o governo, essas medidas são essenciais para garantir a ordem e a segurança dentro das unidades prisionais.

Regras aprovadas 6b1v30

A Lei nº 12.792 define várias mudanças importantes no funcionamento do sistema prisional:

  • • Raios de segurança máxima: Esses espaços são destinados a presos considerados de alta periculosidade, como líderes de facções criminosas ou envolvidos em atos de violência extrema. As celas devem ter, no mínimo, 6 metros quadrados, com condições salubres de ventilação e iluminação. Áreas comuns serão monitoradas por câmeras de vídeo.
  • • Proibição de celulares: A entrada e o uso de celulares ou outros dispositivos eletrônicos estão proibidos, tanto para detentos quanto para servidores e visitantes. As inspeções serão feitas com equipamentos eletrônicos e, quando necessário, por meio de revistas manuais.
  • • Controle de visitas: Apenas pessoas previamente cadastradas poderão visitar os detentos. Visitas íntimas exigem comprovação de vínculo conjugal e convivência. A medida busca limitar o contato entre detentos e possíveis cúmplices externos.
  • • Assistência básica: A lei garante direitos como alimentação, vestuário, higiene e assistência médica para todos os detentos, conforme já previsto na Lei de Execução Penal.
  • • Processos disciplinares: Foi criado um conselho disciplinar para apurar faltas graves cometidas pelos detentos, assegurando o direito à ampla defesa e ao contraditório.

Veto ao comércio nas unidades penais 5b1d2x

O artigo que previa a instalação de comércios dentro das unidades penais foi vetado pelo governador Mauro Mendes. A proposta permitia que produtos fossem vendidos aos detentos, mas o governo rejeitou o dispositivo com base em três argumentos principais:

  • 1. Fortalecimento de facções criminosas: O comércio dentro das prisões poderia ser explorado por organizações criminosas para ampliar sua influência sobre os detentos.
  • 2. Desigualdades internas: A possibilidade de compra poderia gerar exclusões econômicas e prejudicar o ambiente de ressocialização.
  • 3. Conflito com a legislação federal: A Lei de Execução Penal prevê que a assistência básica deve ser fornecida pelo Estado, sem intermediação de atividades comerciais.

Impacto esperado 5f4d5g

Com a sanção parcial da lei, o governo espera criar um sistema prisional mais seguro, controlado e disciplinado. A adoção de regras mais rígidas, aliada ao veto ao comércio interno, reflete uma política voltada para limitar a influência do crime organizado e reforçar a segurança pública.

A lei, publicada nesta terça-feira, entra em vigor imediatamente e a a regular todas as unidades penais do Estado, marcando uma nova fase na istração do sistema prisional em Mato Grosso.

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Comentários (1) 1my5l

  • Mellyssa

    Então é minha opinião mais o dinheiro das compras não sai do bolso do governador sim dos familiares até agora foi suspenso a entrega de material de higiene e a unidade não cedeu nada não existe 4 refeições reeducando morre a mercê doente lá dentro a podre fidida fora que os profissionais na área prisional tratar o familiar do reeducando como se fosse cachorro ou sei lá o que então o governo do estado vem com mentira por favor

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