Professora de MS que morava em Canoas retorna com filhos para recomeçar x3u5o
Fernanda Silva, de 29 anos, saiu de Campo Grande para morar no Rio Grando Sul com o marido e os filhos pequenos; condomínio onde moravam se perdeu na enchente 5dy1r
Recomeçar. É essa palavra, tão significativa, que toma conta na vida de Fernanda Silva, de 29 anos. A campo-grandense morava há 4 anos em Canoas, município do Rio Grande do Sul que está sofrendo com os alagamentos.

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A Fernanda é mãe de um menino de 4 anos e de Serena, de 4 meses. Com a caçula no colo, a pedagoga conta como foram os últimos momentos na cidade gaúcha.
“Foram duas semanas seguidas de chuvas intensas, mas era rotineiro, choveu muito lá, e ninguém se preocupou. Mas nos últimos dias chegou até Canoas e tiveram que evacuar nosso bairro. Um amigo nosso ajudou com as crianças, e quando a gente saiu de casa vimos realmente a realidade. Tudo muito rápido. A água no joelho das pessoas nas ruas”, relembra Fernanda.
A pedagoga lamenta que muitos moradores da cidade não conseguiram largar tudo e ir embora como ela.
“É muito triste. A gente ainda conseguiu sair, tinha a opção para pra outra cidade, mesmo que tenha sido um sufoco, mas, quem não tem essa oportunidade, perderam tudo. É muito triste, [perderam] tudo que conquistou, em questão de duas horas. E são milhares de pessoas nesta situação”, declara.

Atualmente, a casa onde Fernanda morava com os filhos e o marido, que permanece atuando no Exército do Rio Grando do Sul, está inundada pela água no primeiro piso.
O momento, agora, de acordo com Fernanda, é recomeçar. “A água continua subindo, não tem como saber o futuro. Eu com as crianças aqui, meu marido lá. Eu pretendo ficar aqui até… Recomeçar, reconstruir por enquanto aqui, intenção é ficar aqui”, afirma.
Evacuação em Canoas 54x21
A prefeitura de Canoas anuncia que a população da cidade não retorne para os bairros onde moravam, pois há risco de inundação ainda maior em 48h.
Para o Jornal da CBN, o prefeito informou que a expectativa, caso as chuvas deem uma trégua, é de que a água recue na cidade entre 30 e 40 dias. Além disso, Jairo destaca que serão necessários ao menos três meses para a limpeza completa do município.