Bicicleta é alternativa de transporte mais barata e saudável gz1t
Quem opta por andar sobre duas rodas escolhe economia e saúde, mas não deixa de enfrentar outros desafios em Campo Grande (MS) 4y2c1e
A Semana Mundial Sem Carro, é um período de reflexão sobre as possibilidades de se deslocar pela cidade para além do automóvel. Nesse contexto, a bicicleta é uma das alternativas mais baratas e mais saudáveis. Mas, na Capital de Mato Grosso do Sul, os desafios para quem usa esse meio de transporte ainda persistem.

Durante o horário de pico na principal Avenida de Campo Grande, Afonso Pena, carros, motos e ônibus dividem espaço com pedestres e outros meios de transporte sobre duas rodas. As mais comuns são elas, as bicicletas.
O bancário Van Bastem Cavalcante Marino faz pate do grupo que deixa o carro na garagem em dias de sol. “Para mim é mais fácil pensando no trânsito e também questão de economia, combustível”, diz.
O Brasil registrou um aumento de 13,5% nas mortes no trânsito na última década, entre 2010 e 2019. No período todo, 392 mil pessoas perderam a vida em acidentes, uma média de 40 mil mortes por ano, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA.
José Julian é voluntário de um projeto que ajuda as pessoas a perderem o medo de andar de bicicleta pela cidade. O colombiano trouxe de outro país o hábito de usar a bike como meio de transporte diariamente.

“É um pouco desafiador, mas por isso que sou voluntário do bike anjo. A gente acompanha aquela pessoa que quer trocar o ônibus pela bicicleta, o carro pela bicicleta. A gente ensina como se comportar no trânsito, como fazer mais seguro em um cruzamento onde a gente está mais exposto”, explica.
Na área central, Campo Grande conta com ciclovias e ciclofaixas, assim como os paraciclos – estrutura de ferro em que os ciclistas podem prender a bicicleta.
O município criou um grupo técnico cicloviário para melhorar a mobilidade urbana. Na Semana Sem Carro, está sendo lançado um guia para implementação de paraciclo, conforme explica a coordenadora Raquel Gomes da Silva.
“O que a gente vê por aí são muitos paraciclos inadequados. Então a gente lançou esse guia para criar um padrão e recomendar esse padrão que vem do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). A gente quer com essa campanha estimular que os empreendimentos como shoppings, supermercados, farmácias, bancos, locais que recebem muitos clientes implantem seus estacionamentos, seus paraciclos de forma segura e eficiente”.
De ônibus, o psicólogo Jonas Bonfante levava cerca de uma hora para chegar no serviço. Com a bike elétrica, esse tempo caiu pela metade. “Bem mais econômico para mim por ser uma bicicleta elétrica e também me favorece porque é um percurso mais tranquilo de ser feito, me deixa menos estressado. Para mim mudou minha qualidade de vida por completo”, declara.